Papa Francisco durante a Audiência Geral desta quarta-feira
(Vatican Media)
Na saudação aos participantes da 24ª Conferência do Comité Internacional de Ligação Católico-Judaico, Francisco afirma que "partilhamos uma rica herança espiritual que pode e deve ser cada vez mais valorizada, crescendo na redescoberta recíproca, na fraternidade e no compromisso comum em favor dos outros".
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano
Depois da Audiência Geral desta quarta-feira (15/05), o Papa Francisco saudou os participantes da 24ª Conferência do Comité Internacional de Ligação Católico-Judaico em andamento na cidade de Roma, na sede da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
O encontro, que se concluirá nesta quinta-feira (16/05), tem como tema “Povos, ideias e confins em movimento”.
O evento foi promovido pelo Comité Judaico Internacional para o Diálogo Inter-religioso, pela Comissão vaticana para as Relações Religiosas com o Judaísmo e pela Conferência Episcopal Italiana.
Compromisso comum a favor dos outros
“Ete congresso é como se fosse a assembleia geral daqueles que estão comprometidos profissionalmente com o diálogo judaico-católico”, frisa o Papa na mensagem, ressaltando que depois da promulgação da Declaração Nostra aetate, sobre a Igreja e as religiões não-cristãs, “o diálogo judaico-católico deu bons frutos”.
“Partilhamos uma rica herança espiritual que pode e deve ser cada vez mais valorizada, crescendo na redescoberta recíproca, na fraternidade e no compromisso comum a favor dos outros. Nesse sentido, este encontro deve ajudar a desenvolver convergências e promover uma colaboração mais intensa.”
Francisco reconhece a importância de os participantes da conferência abordarem temas ligados às questões atuais, “como a atitude em relação aos refugiados, a busca de maneiras para ajudá-los, a luta contra o aumento preocupante do anti-semitismo, a reflexão sobre a perseguição dos cristãos em várias partes do mundo, e a situação do diálogo judaico-católico em Itália e Israel e as suas perspectivas”.
Não somente tolerância, mas respeito entre as religiões
“O diálogo é o caminho para nos conhecermos melhor e para colaborar na criação de um clima não somente de tolerância, mas também de respeito entre as religiões. A nossa força está na mansidão do encontro, não do extremismo hoje presente em vários lugares e que leva somente ao conflito. Nunca se erra em procurar o diálogo. A Sagrada Escritura recorda que ‘a mente de quem planeia o mal é amarga; e quem aconselha a paz vive tranquilo’.”O Papa concluiu o texto, desejando que este encontro seja de paz e pela paz, pedindo ao Altíssimo para que conceda aos participantes “a tenacidade da mansidão e a coragem da paciência”.
VN
Sem comentários:
Enviar um comentário