31 maio, 2019

A liturgia é um “elemento central” da evangelização

No Dia Diocesano da Liturgia, o Cardeal-Patriarca de Lisboa apresentou a liturgia como o centro da ação evangelizadora da Igreja. Na Igreja da Boa Nova, no Estoril, D. Manuel Clemente afirmou estar seguro de que este dia e os encontros formação litúrgica nas vigararias contribuíram para uma “melhor compreensão e vivência da liturgia” na diocese.

 
No final do Dia Diocesano da Liturgia, o Cardeal-Patriarca de Lisboa sublinhou estar convencido de que esta iniciativa, juntamente com os encontros de formação litúrgica que se realizaram, ao longo do ano pastoral, nas 18 vigararias, contribuiu para uma melhor compreensão e vivência da liturgia na diocese. “Tudo isto faz crescer a consciência de que a liturgia é um modo fundamental de participação naquilo que nos faz cristãos, que é a vida de Cristo, assim como a Palavra, a que dedicámos o ano anterior, e a caridade, no próximo ano e onde tudo isto se concretiza”, salientou D. Manuel Clemente, aos jornalistas.
Ao longo do ano pastoral, somaram-se quase 100 encontros de formação litúrgica que reuniram, entre outubro de 2018 e abril de 2019, milhares de leigos. “São ações que envolvem a diocese inteira, a partir dos seus departamentos, vigararias, paróquias, movimentos, institutos religiosos e seculares e que nos fazem crescer como Igreja de Cristo, que é isso que nós somos”, acrescentou.

Nova Evangelização
Na intervenção da manhã, que decorreu no auditório da Boa Nova, o Cardeal-Patriarca recordou a caminhada sinodal, na qual a Diocese de Lisboa se encontra no tempo de “receção ativa”. Depois, lembrou alguns documentos do Papa João Paulo II para apresentar a situação presente, na qual os cristãos são chamados a dar testemunho. “Na carta Encíclica ‘Redemptoris Missio’, de 1990, o Papa João Paulo II, no que diz respeito à evangelização, isto é, ao anúncio do Evangelho, apresenta-nos três situações distintas. A primeira é a missio ad gentes. Falamos de territórios, populações que não conhecem e não sabem quem é Cristo. Há muita gente no mundo que precisa deste primeiro anúncio. Depois, uma segunda situação que é a aquela que conhecemos nas nossas paróquias e que o Papa João Paulo II chama de ação pastoral da Igreja. Nesta, já houve o anúncio e, a partir desse anúncio, aconteceu aquilo que os Atos dos Apóstolos contam que acontecia com Paulo e com o seu grupo: chegavam a determinada localidade, anunciavam Jesus Cristo como vencedor da morte. Com os que acreditavam, nascia uma comunidade cristã. Essa é a segunda aceção da evangelização, a de sustentar pela Palavra, pelos sacramentos e pela caridade a vida de Cristo naquele local”, apresentou D. Manuel Clemente. Há, porém, uma terceira situação e que é igualmente a “situação atual da Diocese de Lisboa”. “Onde a ação pastoral habitual que nós desenvolvemos nas nossas comunidades não chega suficientemente e onde há muita gente para quem a fé já não é uma realidade viva, é preciso – nas palavras do Papa João Paulo II – uma reevangelização ou Nova Evangelização, que seja nova no ardor, nova no entusiasmo com que se faz o anúncio de Jesus Cristo, nova nos métodos”, sublinhou o Cardeal-Patriarca, apontando como exemplo dessa preocupação os Congressos Internacionais para a Nova Evangelização, que decorreram em várias cidades europeias, entre 2003 e 2007, entre as quais Lisboa, em 2005.
  • Leia a entrevista completa na edição do dia 2 de junho do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.
Patriarcado de Lisboa

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