(RV) No
tradicional encontro com os jornalistas no avião de regresso das viagens
apostólicas, o Papa Francisco disse que não é uma “estrela” mas que o
Pontífice é o “Servo dos servos de Deus”. Foram vários os temas
abordados que a seguir elencamos:
Refugiados na Europa
Falando sobre os refugiados na Europa e os muros que tornam a ser
erguidos em fronteiras europeias o Papa afirmou que “todos os muros
caiem”. Declarando que “os muros não são solução” o Santo Padre apontou o
“diálogo” como o caminho que tem que ser percorrido para encontrar
soluções para a “onda migratória”.
“Divórcio católico”
Sobre o seu recente Motu Proprio que facilitou o processo de nulidade
matrimonial, o Papa reiterou que o “divórcio católico” não existe. “Ou
não foi matrimônio – e esta é a nulidade, não existiu – e se existiu é
indissolúvel. Isto é claro”.
China
Ao recordar que já se tinha manifestado sobre seu desejo de ver
estabelecidas relações diplomáticas entre Santa Sé e China, o Papa disse
que “existem contatos e diálogo”. “Para mim, ter um país amigo como a
China, que tem tanta cultura e tanta possibilidade de fazer bem, seria
uma alegria”.
Colômbia
Sobre o acordo de paz na Colômbia, o Papa disse sentir-se parte não
por ter tido uma atuação direta mas sim porque “sempre desejou isso”.
“Falei duas vezes com o presidente Juan Manuel Santos sobre o problema, e
a Santa Sé – não somente eu –está aberta a ajudar como puder”.
Objeção de consciência
No contexto de uma resposta sobre “funcionários do governo” que se
rejeitam realizar o trabalho segundo a lei, o Papa disse que a objeção
de consciência é um direito humano. “Se a uma pessoa não é permitido
exercer a objeção de consciência, essa é a negação de um direito”.
“Sucesso” da viagem
Ao ser questionado se se “sentia mais forte” após o sucesso da
viagem, o Papa Francisco afirmou que deve continuar no caminho do
serviço porque sente que ainda não fez tudo o que deve fazer. “Este é o
sentido que eu tenho de poder”, respondeu. “Não sei se tive sucesso ou
não. Mas tenho medo de mim mesmo, porque se eu tenho medo de mim mesmo,
sinto-me sempre frágil, no sentido de não ter poder, o poder é também
uma coisa passageira: hoje existe, amanhã não... Jesus definiu o poder: o
verdadeiro poder é servir”.
“Mulheres” sacerdotisas
Questionado sobre se, um dia, a Igreja católica terá mulheres
sacerdotisas, o Papa afirmou que “isso não se pode fazer”. Contudo,
admitiu: “Estamos um pouco atrasados no desenvolvimento de uma teologia
da mulher. Devemos seguir adiante com essa teologia. Isso sim, é
verdadeiro”.
(RS/RB)
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