(RV) O Papa Francisco já está em Nova Iorque e celebrou Vésperas com o clero,
os consagrados e consagradas na Catedral de S. Patrício no coração de
Manhattan no final da tarde do dia 24, onde foi acolhido por milhares de
fiéis e pelo Cardeal Timothy Dolan, arcebispo daquela cidade.
Gratidão e labor, agradecer e trabalhar – são estes os pilares da
vida espiritual – afirmou o Santo Padre na sua homilia. O Papa
Francisco, falando em espanhol, começou por referir o sacrifício de
todos os que edificaram a Igreja em Nova Iorque, tendo citado os nomes
de “Santa Elizabeth Ann Seton, que fundou na América a primeira escola
católica gratuita para meninas” e também “S. João Neumann, fundador do
primeiro sistema de educação católica nos Estados Unidos.”
Com o objetivo de ajudar os nova-iorquinos a prosseguirem “no caminho
da fidelidade a Jesus Cristo” o Santo Padre apresentou duas breves
reflexões: os dois pilares da vida espiritual. Em primeiro lugar a
gratidão:
“A primeira diz respeito ao espírito de gratidão. A alegria de homens
e mulheres que amam a Deus atrai a outros; sacerdotes e consagrados
chamados a sentir e irradiar uma satisfação permanente com a sua
vocação. A alegria brota dum coração agradecido.”
A “memória do primeiro chamamento”, a “memória do caminho percorrido”
e sobretudo “a memória do encontro com Jesus Cristo” são momentos de
bênção que devemos agradecer – realçou o Papa que de imediato valorizou o
trabalho, o labor como um vetor do caminho de serviço:
“Um segundo aspeto é o espírito de labor. Um coração agradecido é,
espontaneamente, impelido a servir o Senhor e a abraçar um estilo de
vida de trabalho intenso. No momento em que nos damos conta de tudo
aquilo que Deus nos deu, o caminho da renúncia a si mesmo a fim de
trabalhar para Ele e para os outros torna-se um caminho privilegiado
para responder ao seu grande amor.”
O espírito de trabalho generoso pode, contudo, ser “sufocado” se nos
deixarmos influenciar pelos critérios da “eficiência” e da “comodidade”,
perigos que o Santo Padre apresentou como sendo da “espiritualidade
mundana” que “nos enfraquece no nosso caminho de serviço e degrada o
enlevo do primeiro encontro com Jesus Cristo” – sublinhou o Papa.
Afirmando os pilares da gratidão e do labor nas orações, atividades e
sacrifícios dos que trabalham no apostolado, o Papa Francisco assumiu
um elogio público às religiosas dos Estados Unidos da América:
“Queria de maneira especial, expressar a minha admiração e gratidão
às religiosas dos Estados Unidos. Que seria desta Igreja sem vós?
Mulheres fortes, lutadoras; com aquele espírito de coragem que vos
coloca na linha da frente do anúncio do Evangelho. A vós consagradas,
irmãs e mães deste povo, quero dizer “obrigado”, um “obrigado” muito
grande… e dizer também que gosto muito de vós.”
No final da sua homilia o Papa Francisco exortou os presentes a não
perderem a paz e a responderem na provação como Jesus Cristo que “deu
graças ao Pai, tomou a sua cruz e seguiu em frente”.
(RS)
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