(RV) Ao fim
da manhã desta sexta-feira (25/09) o Papa Francisco participou no
Encontro inter-religioso, no Memorial do Ground Zero de Manhattan, em
Nova Iorque no qual estiveram também presentes vários representantes das
Comunidades religiosas da Cidade.
Depois das palavras de boas vindas do
arcebispo de Nova Iorque, Card. Timothy Dolan e as reflexões
apresentadas pelo Rabino Eliot Cosgrove e o Imama Khalid Latif sobre a
tragédia dos ataques de 11 de setembro, o Santo Padre fez a oração da
memória, da qual destacamos o seguinte:
“Deus da paz, concede a Tua paz ao nosso mundo violento:
paz nos corações de todos os homens e mulheres
e paz entre as nações da terra.
Conduz pelo teu caminho de amor
aqueles que têm o coração e a mente
consumidos pelo ódio.
… Faz com que aqueles cujas vidas foram poupadas
possam viver de modo que as vidas perdidas aqui
não tenham sido perdidas em vão”.
possam viver de modo que as vidas perdidas aqui
não tenham sido perdidas em vão”.
Após a oração do Papa várias
meditações de representantes das comunidades Hindu, Budista, Sikh,
cristã, muçulmana se seguiram sobre o tema da paz, e também uma oração
hebraica em honra dos defuntos.
Na sua reflexão o Papa Francisco
exprimiu antes de tudo os sentimentos e emoções que nele desperta a
presença no Ground Zero, onde milhares de vidas foram destruídas:
“Aqui, a dor é palpável. A água, que
vemos correr para este centro vazio, lembra-nos todas aquelas vidas que
estavam sob o poder daqueles que crêem que a destruição seja o único
modo de resolver os conflitos”.
Este é o lugar – continuou o Papa -
onde choramos a angústia provocada por nos sentirmos impotentes perante a
injustiça, perante o fratricídio, perante a incapacidade de resolver as
nossas diferenças dialogando, choramos pela perda injusta e gratuita de
inocentes, por não poder encontrar soluções para o bem comum.
O Papa citou em seguida os primeiros
socorristas e os bombeiros caídos em serviço para reafirmar que a
destruição não é abstracta e impessoal, mas tem um rosto e uma história,
é concreta e tem nomes:
“Numa metrópole que pode parecer
impessoal, anónima, de grandes solidões, fostes capazes de mostrar a
poderosa solidariedade da ajuda mútua, do amor e do sacrifício pessoal”.
Deste modo, este lugar de morte se
transforma em lugar de vida que está destinada a triunfar sobre a
destruição, sobre a morte, sobre as forças do mal, disse o Papa,
reiterando que a reconciliação e a unidade vencerão sobre o ódio e as
divisões.
E o Papa manifestou a esperança de
que este lugar de dor se torne sinal do empenho para reconciliação, paz e
justiça, neste lugar e em todo o mundo, sinal de que é possível viver
em paz entre gente de diferentes línguas, culturas e religiões, para
dizer "não" a tudo aquilo que só quer uniformidade e dizer "sim" a uma
diferença acolhida e reconciliada.
E Francisco terminou o seu discurso
com um convite à oração silenciosa para pedir ao Céu, disse, o dom do
empenho para a causa da paz: paz nas nossas casas, nas nossas famílias,
nas nossas escolas, nas nossas comunidades; paz nos lugares onde a
guerra parece não ter fim, paz neste vasto mundo que Deus nos deu como
casa de todos e para todos – concluiu Francisco (BS)
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