13 setembro, 2015

Humanizar a economia - Papa aos membros da Banca Cooperativa de Roma



(RV) No discurso que lhes dirigiu, Francisco recordou que em Fevereiro passado tinha recebido em audiencia os representantes de “Confcooperative” e de “Federcaixas” e hoje a eles, por ocasião dos 60 anos de fundação.

O Papa sublinhou que o motivo destas audiencias é que “a Igreja conhece bem o valor das cooperativas. Na origem de muitas delas estão sacerdotes, fiéis leigos empenhados, comunidades animadas pelo espírito de solidariedade cristãs. E este momento não se esgotou” – disse o Papa recordando que muitas enciclicas, inclusive, a “Laudato Si” sublinha  o valor das cooperativas no campo das energias renováveis e na agricultura.

Francisco prosseguiu retomando algumas recomendações já feitas em Fevereiro à Confccoperative e as “Federcaixas”, como por exemplo continuar a ser motor que ajuda a parte mais fragil das comunidades locais e da sociedade civil, tendo em conta os jovens desempregados; preocupar-se com a relação entre economia e justiça social, mantendo sempre no centro o valor e a dignidade da pessoa humana; facilitar e encorajar a vida familiar; promover o uso solidário do dinheiro, etc; fazer crescer a economia da honestidade, etc.

Recordando-lhes que “A Banca do Credido Cooperativo” é a maior Banca deste tipo na Itália, o Papa sublinhou que pode acontecer que uma cooperativa se torne numa grande empresa; mas não é este o desafio mais importante. “O desafio mais importante é crescer continuando a ser uma verdadeira cooperativa, aliás, sendo-a cada vez mais. Isto significa favorecer as participação activa dos sócios. Fazer juntos e fazer para os outros”.

O Papa não descura o facto de que gerir uma Banca é uma tarefa delicada, que requer muito rigior, mas uma Banca cooperativa deve ter qualquer coisa a mais: deve “procurar humanizar a economia, unir a eficiencia com a solidareidade.” E recordou a palavra “subsidiariedade”  presente na Doutrina Social da Igreja, um principio que essa Banca soube pôr em acto para enfrentar a crise sem pesar nas instituições. “Por isso é importante que continueis por esse caminho deintegração das Bancas de Credito Cooperativo em Itália, não só porque a união faz a força, mas porque é precisao alargar o horizonte”.

O Papa concluiu encorajando nos gestos de beneficência e mutualidade que realizam e a participarem activa e generosamente na vida de todo o movimento cooperativo, tendo sempre a pessoa (jovens e famílias particularmente) no centro da produção. (DA)

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