(RV) Depois do
Encontro com os Bispos, provenientes de diversos países, que participam
no VIII Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, o Santo Padre
deixou o Seminário São Carlos Borromeu e se transferiu de helicóptero
para a Prisão Curran- Fromhold, a 27 km de distância.
A penitenciária é dedicada a dois agentes da polícia carcerária,
assassinados enquanto prestavam serviço naquela prisão, em 1973.
Trata-se do maior cárcere masculino de Filadélfia, inaugurado em 1995,
que hospeda quase dois mil e 800 detentos.
O Papa foi recebido pelos responsáveis da penitenciária e pelo
capelão, que o acompanharam até o salão, onde estavam reunidos 100
prisioneiros.
Após a saudação do Arcebispo de Filadélfia, Dom Charles Chaput, o
Santo Padre pronunciou o seu discurso, agradecendo a recepção e a
possibilidade de estar ali, partilhando um momento da vida deles,
difícil e cheia de tensões, também para as suas famílias e a própria
sociedade.
O Papa disse visitar aquela prisão como pastor, mas sobretudo como
irmão, para rezar com eles e encorajá-los. Por isso, citou a passagem
evangélica do lava-pés, um nobre gesto de serviço, de humildade, de
vida. Jesus procura curar as nossas feridas, as nossas chagas, a nossa
solidão. Ele vem ao nosso encontro para nos dar a vida, a dignidade de
filhos de Deus, a fé e a esperança.
Na nossa vida, continuou o Pontífice, precisamos sempre ser
purificados e encorajados. Neste período de detenção, de modo
particular, é necessária uma mão que ajude a reintegração social,
desejada por todos: reclusos, famílias, funcionários, políticas sociais e
educativas. Uma reintegração que beneficia e eleva o nível moral de
todos.
Por isso, o Santo Padre fez votos de que se possam criar novas
oportunidades para os presos, seus familiares, os funcionários, enfim,
para toda a sociedade. E concluiu:
“Quero encorajar-vos a manter esta atitude entre vós e entre todas as
pessoas que de alguma maneira fazem parte deste Instituto. Sede
artífices de oportunidades, de caminho e de novos caminhos. Todos temos
que ser purificados. Despertemo-nos para a solidariedade. Fixemos os
olhos em Jesus que nos lava os pés: Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Que a força do seu amor e da sua Ressurreição seja sempre um meio para a
vida nova”. (BS/MT)
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