(RV) O
Papa Francisco encontrou-se neste sábado dia 31 de janeiro com uma
delegação da Confederação Nacional Coldiretti a confederação nacional
dos agricultores italianos. O Santo Padre no discurso que lhes dirigiu
lançou o convite de se reencontrar o amor pela terra como “mãe” e de
conservar a terra, fazendo uma aliança com ela, a fim de que possa
continuar a ser como Deus a quer: fonte de vida para toda a família
humana.
O Papa Francisco sublinhou a palavra “cultivar”, que é “uma atividade
tipicamente humana e fundamental”, destacando o papel central da
agricultura, o Santo Padre ressaltou que não existe humanidade sem
cultivar a terra; não há vida que seja boa “sem o alimento que ela
produz para os homens e as mulheres de todos os continentes”.
O Papa citou o Concílio Vaticano II e recordou o destino universal
dos bens da terra (Gaudium et spes, 69), enfatizando que, na realidade, o
sistema económico dominante impede que muitos possam usufruir de tais
bens:
“A absolutização das regras do mercado, uma cultura do descarte e do
desperdício que no caso do alimento tem proporções inaceitáveis, junto a
outros fatores, determinam miséria e sofrimento para muitas famílias.
Portanto, deve ser profundamente repensado o sistema de produção e de
distribuição do alimento. Como nos ensinaram nossos avós, com o pão não
se brinca! O pão participa de certo modo da sacralidade da vida humana, e
por isso não pode ser tratado somente como uma mercadoria.”
Evocando a narração da criação contida no Livro do Gênesis, o Papa
lembrou que o homem é chamado não somente a cultivar a terra, mas também
a protegê-la (Gn 2,15). “As duas coisas estão estreitamente ligadas”,
ressaltou o Santo Padre que concluiu a sua intervenção chamando a
atenção para a importância de uma ação de proteção da criação,
evidenciando que “é realmente urgente que as nações consigam colaborar”
nesta tarefa fundamental. (RS/RL)
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