(RV) O Papa Francisco terminou esta manhã, cedo, a sua visita ao Sri-Lanka, primeira etapa desta sua segunda viagem apostólica à Ásia, e encontra-se neste momento no voo que o leva às Filipinas, onde a sua chegada está prevista às 17.45 hora locai, 10.45, em Roma.
As últimas horas da visita ao Sri-Lanka foram marcadas pela Missa em
privado às 6.30 hora local, seguida da despedida da Nunciatura
Apostólica de Colombo e a transferência ao Santuário de “Nossa Senhora
do Lanka”, em Bolawana, 35km a Oeste de Colombo. Ali, o Papa deteve-se
em oração na Capela dedicada precisamente a “Nossa Senhora do Lanka”. A
capela encontra-se integrada no complexo do Instituto Cultural Bento
XVI, onde o Papa Francisco foi acolhido pelo Reitor do mesmo, P.
Mahamalage Quintus Fernando, que o acompanhou à capela, onde já se
encontravam 10 padres jesuítas da Comunidade próxima do Centro, e um
coro de alguns pescadores da zona. No exterior estavam cerca de 250
operários que colaboraram na construção do Centro.
O Santuário de “Nossa Senhora do Lanka” afunda as suas raízes em
1911. Inicialmente era dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, razão pela
qual foi integrada com uma gruta em 1917, atraindo um número cada vez
maior de peregrinos. Isto tornou necessária a sua ampliação.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, o arcebispo de Colombo,
Cardeal Jean Marie Masson, fez votos a Nossa Senhora de que teria
mandado construir um Santuário com o nome de “Nossa Senhora do Lanka” se
o País fosse poupado aos horrores da guerra. Assim foi. A construção
terminou em 1947 e a consagração da nova estrutura teve lugar a 6 de
Fevereiro desse mesmo ano com o título de Basílica Menor, concedido
pelo Papa Paulo VI.
A construção do complexo do “Instituto Cultural Bento XVI” começou,
pelo contrário, em 2011, sob a orientação do arcebispo de Colombo,
Cardeal Malcolm Ranjith, com o objectivo de colaborar com as Autoridades
e as outras agencias do País na reconstrução da nação srilankesa após a
terrível guerra de 30 anos. O Instituto é composto por um Departamento
de Dialogo Inter-religioso e Cooperação, um Departamento Linguístico
para o ensino de línguas estrangeiras, e um Departamento de Estudos
Superiores (Ciências humanas, teologia e filosofia, economia e comércio,
informática, etc.).
Do Santuário de “Nossa Senhora do Lanka”, o Papa dirigiu-se ao
Aeroporto de Colombo, onde se despediu do país na presença do Presidente
da República e outras autoridades civis e religiosas e um grupo de
fiéis.
Às 9.00 horas locais (4.30 da manhã em Roma), descolagem para Manila,
onde se prevê a sua chegada depois de 6 horas e 15 minutos de voo.
Durante o voo prevê-se que o Papa envie telegramas de saudação e
orações aos países sobrevoados, o próprio Sri-Lanka, Índia, Myanmar,
Tailândia, Camboja e Vietnam.
Ontem, ao regressar do Santuário de Madhu, no norte do Sri-Lanka, a
convite de um monge budista, o Papa Francisco visitou um Templo budista
em Colombo. Recorde-se que também o Papa João Paulo II visitara um
templo budista quando esteve no país em 1984.
Na Nunciatura, Francisco recebeu o ex-Presidente do Sri-Lanka,
Rajapaska (que, com as eleições do passado dia 8 deste mês, foi
substituído por Mithripala Sirisena) acompanhado pela família e irmão da
esposa.
Ainda na Nunciatura, o Papa recebeu os 20 bispos do Sri-Lanka,
mantendo com eles um breve colóquio e um momento de oração. O encontro
com os bispos estava previsto para o primeiro dia da visita e depois
para ontem, mas foi adiado devido a atrasos no programa.
De salientar ainda que por ocasião desta visita do Papa ao Sri-Lanka,
as autoridades srilankesas libertaram ontem, 612 detidos, 575 homens e
37 mulheres. A notícia foi dada pelo Administrador penitenciário,
Thushara Upuldeniya, citado pelo jornal Daily Mirror de Colombo. Os
beneficiários da graça presidencial, anciãos com mais de 75 anos de
idade e detidos por crimes menores. A libertação foi celebrada com uma
cerimónia na “Welikada Prison”.
(DA)
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