(RV) Na
sua reflexão para a oração mariana do Angelus neste primeiro dia do
ano, e ainda na atmosfera festosa do Natal, o Papa Francisco começou por
dizer que a Igreja nos convida a fixar o nosso olhar de fé e amor na
Mãe de Jesus, a humilde mulher de Nazaré na qual "o Verbo se fez carne e
habitou entre nós", reiterando que, por isso, é impossível separar a
contemplação de Jesus e a contemplação de Maria, que lhe deu o seu amor e
a sua carne humana.
Escutamos hoje, prosseguiu o Papa, as palavras de S. Paulo: "Deus
enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" e aquele "nascido de uma
mulher", nos diz de maneira essencial e por isso ainda mais forte sobre a
verdadeira humanidade do Filho de Deus, ou seja, que o "nosso Salvador
foi verdadeiramente homem e disso veio a salvação de toda a humanidade".
E acrescentou:
Mas São Paulo também acrescenta:
"nascido sob a lei". Com esta expressão ele sublinha que Cristo assumiu a
condição humana libertando-a da mentalidade legalista fechada. A lei,
de facto, sem a graça, torna-se um jugo insuportável e, em vez de
fazer-nos bem nos faz mal. Eis, pois, a finalidade pela qual Deus envia o
seu Filho ao mundo para se tornar homem: uma finalidade de libertação,
ou melhor, de regeneração. Libertação, "para resgatar os que estavam sob
a lei"; e o resgate veio com a morte de Cristo na cruz. Mas, sobretudo
de regeneração "para que recebêssemos a adopção de filhos".
De facto, explica o Papa, incorporados os homens tornam-se
verdadeiramente filhos de Deus, e esta maravilhosa passagem tem lugar em
nós pelo Baptismo que nos transforma em membros vivos em Cristo e nos
incorpora na sua Igreja, tendo ainda reiterado que Que agora, no início
de um novo ano, nos faz lembrar o dia do nosso Baptismo para
redescobrirmos o presente recebido neste sacramento que nos regenerou
para uma vida nova, isto é, a vida divina. E tudo isto acontece através
da Mãe Igreja, que tem como modelo a Mãe Maria e, graças ao baptismo,
fomos introduzidos na comunhão com Deus, e não já estamos à mercê do mal
e do pecado, mas recebemos o amor, a ternura, a misericórdia do Pai
celeste. E prosseguiu ainda o Santo Padre:
Essa proximidade de Deus à nossa
existência dá-nos a verdadeira paz, o dom divino que queremos implorar
especialmente hoje, Dia Mundial da Paz. "Não mais escravos, mas irmãos":
eis a Mensagem deste Dia. Uma mensagem que afecta a todos nós. Todos
nós somos chamados a combater todas as formas de escravidão e a
construir a fraternidade. Todos, cada qual segundo a sua
responsabilidade.
E a todos o Papa convidou a
apresentar a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, os bons propósitos, pedindo
para que ela estenda sobre nós e sobre todos os dias do novo ano o
manto da sua protecção maternal. E convidou aos fiéis presentes a
invocar a Maria com o título:
Santa Mãe de Deus!
Depois do Angelus o Papa dirigiu aos
milhares de fiéis reunidos na Praça de S. Pedro e aos peregrinos
provenientes de Roma e de vários Países do mundo uma cordial saudação
com os melhores votos de um feliz e sereno ano novo. E a propósito do
Dia Mundial da Paz, acrescentou:
Neste momento estamos ligados com
Rovereto, região do Trentino, onde se encontra o grande sino chamado
"Maria Dolens", realizado em homenagem aos caídos de todas as guerras e
benzido pelo Beato Paulo VI em 1965. Em breve ouviremos o toque daquele
sino. Que ele seja a esperança de que nunca mais haja guerras, mas
sempre desejo e empenho de paz e fraternidade entre os povos.
(Toque do sino em ligação com con Rovereto, através do CTV)
E o Papa concluiu com os votos de um
bom ano para todos, um ano de paz no abraço de ternura do Senhor e com a
protecção materna de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.
Bom almoço e … arrivederci
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