10 dezembro, 2014

Cardeal Barbarin: cristãos no Iraque fiéis não obstante o horror



(RV) O Cardeal Barbarin foi portador de uma vídeo-mensagem do Papa Francisco.

Um momento de “fraternidade, luz e fé” – foi assim que o Cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, descreveu o momento em que no sábado passado, durante a sua visita ao Iraque, entregou aos cristãos iraquianos a vídeo-mensagem do Papa Francisco. As palavras do Santo Padre foram escutadas pelos milhares de fiéis presentes na procissão da Imaculada Conceição na noite do dia 6 de dezembro pelas ruas de Ankawa, bairro cristão da cidade de Erbil, capital da Região Autónoma do Curdistão Iraquiano. Recordemos essas palavras do Papa Francisco:

“Também eu queria estar ali, mas visto que não posso viajar, faço-o assim… mas estou tão próximo de vós nestes momentos de dificuldade. Disse-o no regresso da minha viagem à Turquia: os cristãos são expulsos do Médio Oriente com sofrimento. Agradeço-vos o testemunho que dais com tanto sofrimento. Obrigado!”

O Cardeal Barbarin que foi portador desta mensagem do Papa Francisco falou à Rádio Vaticano na reportagem de Ciprien Viet:

“On a reçu tellement d’images violentes, horribles à propos d’Irak…”

“Vimos tantas imagens violentas, horríveis no que diz respeito ao Iraque, enquanto que nesta ocasião tivemos imagens de fraternidade, de luz e também de fé. Aquilo que mais admiro dos cristãos perseguidos – e o Papa agradeceu-lhes por isso -  é que permaneceram fieis: não obstante as perseguições, nenhum renegou Cristo. Tinha-lhes sido dito: ‘Ou convertei-vos ao Islão, ou tomareis o estado de ‘dhimmi’ – que é uma espécie de escravidão – ‘ou ides embora ou sereis mortos’. E partirão todos. Este é um sinal de fidelidade a Cristo! Certamente, depois chega o contragolpe, porque já não têm a sua casa, já não têm o seu trabalho, os filhos não vão à escola, têm o mínimo indispensável para protegerem-se do frio, da chuva, para comer e vestir-se… É tempo de verificar que tenham tudo quanto é necessário de um ponto de vista médico e sanitário e depois que possam fazer voltar as crianças à escola. Não há um ambiente para os acolher, não há escolas e nem sequer material escolar… E depois é preciso que todos possam encontrar um trabalho. Em Erbil há vida e há também muito trabalho… É belo ver também que todas as associações que vêm da Europa não trazem consigo coisas materiais: vêm e fazem trabalhar as pessoas naquele lugar, segundo a profissão de cada um. E isto, naturalmente, é muito belo.”

(RS)

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