(RV) O Cardeal Barbarin foi portador de uma vídeo-mensagem do Papa Francisco.
Um momento de “fraternidade, luz e
fé” – foi assim que o Cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon,
descreveu o momento em que no sábado passado, durante a sua visita ao
Iraque, entregou aos cristãos iraquianos a vídeo-mensagem do Papa
Francisco. As palavras do Santo Padre foram escutadas pelos milhares de
fiéis presentes na procissão da Imaculada Conceição na noite do dia 6 de
dezembro pelas ruas de Ankawa, bairro cristão da cidade de Erbil,
capital da Região Autónoma do Curdistão Iraquiano. Recordemos essas
palavras do Papa Francisco:
“Também eu queria estar ali, mas visto que não posso viajar, faço-o
assim… mas estou tão próximo de vós nestes momentos de dificuldade.
Disse-o no regresso da minha viagem à Turquia: os cristãos são expulsos
do Médio Oriente com sofrimento. Agradeço-vos o testemunho que dais com
tanto sofrimento. Obrigado!”
O Cardeal Barbarin que foi portador desta mensagem do Papa Francisco falou à Rádio Vaticano na reportagem de Ciprien Viet:
“On a reçu tellement d’images violentes, horribles à propos d’Irak…”
“Vimos tantas imagens violentas, horríveis no que diz respeito ao
Iraque, enquanto que nesta ocasião tivemos imagens de fraternidade, de
luz e também de fé. Aquilo que mais admiro dos cristãos perseguidos – e o
Papa agradeceu-lhes por isso - é que permaneceram fieis: não obstante
as perseguições, nenhum renegou Cristo. Tinha-lhes sido dito: ‘Ou
convertei-vos ao Islão, ou tomareis o estado de ‘dhimmi’ – que é uma
espécie de escravidão – ‘ou ides embora ou sereis mortos’. E partirão
todos. Este é um sinal de fidelidade a Cristo! Certamente, depois chega o
contragolpe, porque já não têm a sua casa, já não têm o seu trabalho,
os filhos não vão à escola, têm o mínimo indispensável para
protegerem-se do frio, da chuva, para comer e vestir-se… É tempo de
verificar que tenham tudo quanto é necessário de um ponto de vista
médico e sanitário e depois que possam fazer voltar as crianças à
escola. Não há um ambiente para os acolher, não há escolas e nem sequer
material escolar… E depois é preciso que todos possam encontrar um
trabalho. Em Erbil há vida e há também muito trabalho… É belo ver também
que todas as associações que vêm da Europa não trazem consigo coisas
materiais: vêm e fazem trabalhar as pessoas naquele lugar, segundo a
profissão de cada um. E isto, naturalmente, é muito belo.”
(RS)
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