No dia em que o Parlamento português votou favoravelmente os projetos de lei a favor da legalização da eutanásia, o Cardeal-Patriarca sublinhou que a “luta” pela defesa da vida “continua”. “O apelo que eu tenho a fazer é o que tenho feito: esta é uma frente comum, é uma frente humana essencial, não podemos deixar ninguém sozinho ao longo da sua vida, sobretudo, quando mais precisam de nós. Os clínicos, famílias e voluntários que estão perto de quem sofre dizem que, em geral, as pessoas não querem partir porque estão acompanhadas. A convivência é que é a vida”, destacou D. Manuel Clemente em declarações aos jornalistas, nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, após a Missa, no Hospital Dona Estefânia, onde se assinalou o centenário da morte de Santa Jacinta Marto.
“O que nos interessa a todos é que a vida seja devidamente contemplada em todo o arco existencial, da conceção à morte natural. Isto é uma luta, uma insistência. É uma convicção que permanece. Independentemente do que possa acontecer legislativamente, a causa continua”, afirmou.
Maior presença
Momentos
antes de estar concluída a votação dos projetos de lei, o
Cardeal-Patriarca voltou a sublinhar a necessidade de uma sociedade
“mais presente” no cuidado para com todas as pessoas. “Isto implica a
todos nós, como sociedade, crentes ou não crentes, uma outra atenção às
pessoas. Não basta dizer, como nós dizemos, que a vida tem de ser
contemplada no seu todo, porque se nós começamos a fazer exceções, mesmo
que seja a pedido, depois, a vida, não se aguenta na sua inteireza. Por
isso, como sociedade, temos que estar muito mais presentes”, sublinhou
D. Manuel Clemente. “Nós temos que ter um outro cuidado à vida na sua
plenitude e é isto que nós queremos fazer, para não deixar ninguém
sozinho com o seu sofrimento, físico ou psíquico, mas estarmos ao pé
delas”, acrescentou.
Patriarcado de Lisboa
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