17 fevereiro, 2020

Faith’s Night Out - Sétima edição apresentou 12 respostas à «idade dos porquês»




As Equipas de Jovens de Nossa Senhora promoveram, no último sábado, em Lisboa, o ‘Faith’s Night Out’ (FNO), sobre “A Idade dos Porquês”, anunciaram a realização do evento no Líbano e foram desafiadas ao acolhimento dos jovens na Jornada Mundial da Juventud
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D. Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), foi um dos oradores na sétima edição do FNO, onde respondeu à pergunta “Porquê uma Igreja culta?” e desafiou ao acolhimento dos participantes no encontro de jovens de todo o mundo em Lisboa, em 2022. O Bispo Auxiliar de Lisboa lembrou o desafio de “acolher mais de um milhão de jovens no verão de 2022” e disse “contar com todos e cada um”. Na apresentação do tema, D. Américo Aguiar afirmou que é necessária uma Igreja culta para “não fazer exceção de pessoas”, não “excluir ninguém” e para “poder amar intensamente todos”. “É na cultura de amor e entrega que entendemos a nossa missão”, afirmou o Bispo Auxiliar de Lisboa, referindo oportunidades de encontro com “pessoas simples e de cultura profunda”, com “católicos escondidos” e com pessoas e comunidades que vivem o “amor profundo” como a marca cultural da Igreja Católica.

O ‘Faith’s Night Out’ nasceu em 2013 e consiste na apresentação de experiências de fé em comunicações breves, com sete minutos, de forma dinâmica e em torno de um tema, sendo as interrogações que marcam a “Idade dos porquês” o que convocou 12 comunicadores na edição de 2020, em Lisboa.

A apresentadora Fátima Lopes referiu-se ao mundo artístico e mediático e lamentou o facto de, nesse ambiente e até há pouco tempo, quem tem fé “não ser bem-visto”. “Poder, hoje, falar livre e assumidamente da minha fé em televisão, para quem gosta e para quem não gosta, é uma grande vitória”, afirmou. A profissional da televisão referiu-se à comum condição da pessoa, afirmou que qualquer uma tem de ser respeitada e acarinhada e disse que a entrega ao outro faz a vida ganhar “um novo sentido”.

Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) fez uma comunicação sobre a verdade na comunicação e o “excesso de informação” na atualidade. “A verdade conquista-se, defende-se constrói-se todos os dias”, disse diretora de conteúdos religiosos do Grupo Renascença. Para Isabel Figueiredo, a verdade “pode precisar de ser contida”, “impõe-se” e “implica prudência”.
A diretora do SNCS disse também que a verdade “implica esforço” e “pode implicar a denúncia”, acrescentando que, “sem verdade, a denúncia multiplica o mal”. “A ressurreição do Filho de Deus é a verdade que nos sustém”, concluiu Isabel Figueiredo.

João Valentim desafiou os 1500 participantes a “construir pontes” no interior da Igreja Católica, mesmo que não haja nada de “tão profundo” que provoque separações, lembrando as “diferentes sensibilidades” eclesiais “geram discussões infinitas”. “Quando a nossa palavra é igual ao nosso gesto, as pessoas seguem”, afirmou o economista.

Ricardo Zózimo começou por perguntar a cor da fé de cada um dos participantes, indicando a aposta no verde sugerido pelo Papa Francisco na encíclica “Laudato Si”, que respeita o ambiente e os outros. “A nossa relação com o ambiente não pode ser dissociada da relação com os outros”, afirmou o professor universitário, lembrando que “a ecologia integral mostra que o verde e as pessoas estão juntas”.

João Paulo Sacadura desafiou os participantes a um catolicismo marcado pela alegria e certo de que “Deus nunca abandona”. “Não sou feliz todo o dia, mas sou feliz todos os dias”, indicou o jornalista.

A sétima edição do FNO contou também com comunicações de Marta Lince de Faria, José Fonseca Pires, Fátima Fonseca, Francisco Vaz, Pedro Castro e Pedro Figueiredo.
Depois de se ter realizado em Lisboa, desde 2013, o ‘Faith’s Night Out’ já decorreu no Porto, em Évora e em São Paulo, no Brasil.

Ecclesia

Patriarcado de Lisboa 

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