As Equipas de Jovens de Nossa Senhora promoveram, no último sábado, em Lisboa, o ‘Faith’s Night Out’ (FNO), sobre “A Idade dos Porquês”, anunciaram a realização do evento no Líbano e foram desafiadas ao acolhimento dos jovens na Jornada Mundial da Juventud
.
D.
Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude
(JMJ), foi um dos oradores na sétima edição do FNO, onde respondeu à
pergunta “Porquê uma Igreja culta?” e desafiou ao acolhimento dos
participantes no encontro de jovens de todo o mundo em Lisboa, em 2022. O
Bispo Auxiliar de Lisboa lembrou o desafio de “acolher mais de um
milhão de jovens no verão de 2022” e disse “contar com todos e cada um”.
Na apresentação do tema, D. Américo Aguiar afirmou que é necessária uma
Igreja culta para “não fazer exceção de pessoas”, não “excluir ninguém”
e para “poder amar intensamente todos”. “É na cultura de amor e entrega
que entendemos a nossa missão”, afirmou o Bispo Auxiliar de Lisboa,
referindo oportunidades de encontro com “pessoas simples e de cultura
profunda”, com “católicos escondidos” e com pessoas e comunidades que
vivem o “amor profundo” como a marca cultural da Igreja Católica.
O
‘Faith’s Night Out’ nasceu em 2013 e consiste na apresentação de
experiências de fé em comunicações breves, com sete minutos, de forma
dinâmica e em torno de um tema, sendo as interrogações que marcam a
“Idade dos porquês” o que convocou 12 comunicadores na edição de 2020,
em Lisboa.
A apresentadora Fátima Lopes referiu-se ao
mundo artístico e mediático e lamentou o facto de, nesse ambiente e até
há pouco tempo, quem tem fé “não ser bem-visto”. “Poder, hoje, falar
livre e assumidamente da minha fé em televisão, para quem gosta e para
quem não gosta, é uma grande vitória”, afirmou. A profissional da
televisão referiu-se à comum condição da pessoa, afirmou que qualquer
uma tem de ser respeitada e acarinhada e disse que a entrega ao outro
faz a vida ganhar “um novo sentido”.
Isabel Figueiredo,
diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) fez
uma comunicação sobre a verdade na comunicação e o “excesso de
informação” na atualidade. “A verdade conquista-se, defende-se
constrói-se todos os dias”, disse diretora de conteúdos religiosos do
Grupo Renascença. Para Isabel Figueiredo, a verdade “pode precisar de
ser contida”, “impõe-se” e “implica prudência”.
A diretora do SNCS
disse também que a verdade “implica esforço” e “pode implicar a
denúncia”, acrescentando que, “sem verdade, a denúncia multiplica o
mal”. “A ressurreição do Filho de Deus é a verdade que nos sustém”,
concluiu Isabel Figueiredo.
João Valentim desafiou os
1500 participantes a “construir pontes” no interior da Igreja Católica,
mesmo que não haja nada de “tão profundo” que provoque separações,
lembrando as “diferentes sensibilidades” eclesiais “geram discussões
infinitas”. “Quando a nossa palavra é igual ao nosso gesto, as pessoas
seguem”, afirmou o economista.
Ricardo Zózimo começou
por perguntar a cor da fé de cada um dos participantes, indicando a
aposta no verde sugerido pelo Papa Francisco na encíclica “Laudato Si”,
que respeita o ambiente e os outros. “A nossa relação com o ambiente não
pode ser dissociada da relação com os outros”, afirmou o professor
universitário, lembrando que “a ecologia integral mostra que o verde e
as pessoas estão juntas”.
João Paulo Sacadura desafiou
os participantes a um catolicismo marcado pela alegria e certo de que
“Deus nunca abandona”. “Não sou feliz todo o dia, mas sou feliz todos os
dias”, indicou o jornalista.
A sétima edição do FNO contou
também com comunicações de Marta Lince de Faria, José Fonseca Pires,
Fátima Fonseca, Francisco Vaz, Pedro Castro e Pedro Figueiredo.
Depois
de se ter realizado em Lisboa, desde 2013, o ‘Faith’s Night Out’ já
decorreu no Porto, em Évora e em São Paulo, no Brasil.
Ecclesia
Patriarcado de Lisboa
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