Rendo-me, Senhor! Rendo-me!
Dentro de mim lutam as minhas
vontades, as minhas certezas, os meus orgulhos, as minhas vaidades, e eu
vejo-me a lutar contra elas!
Tenho que vencer, Senhor,
ajuda-me, porque me quero render incondicionalmente a Ti!
Quero vencer, Senhor, não pela
vitória, mas para me fundir em Ti, ou melhor, para que “já não seja eu a viver,
mas Tu a viver em mim”!
É uma força, uma vontade, um
poder muito maior do que eu que assim me faz lutar! És Tu, Senhor!
Não quero saber das lágrimas
que afloram aos meus olhos, (são lágrimas de alegria por Te ter, de tristeza por
Te ofender), não quero saber da voz que me diz que eu não sou digno, que eu não
sou nada, que Tu estás longe de mim!
Não, Senhor, porque Te sinto
aqui, junto de mim, com esse imenso sorriso de amor, essa imensa paz com que me
envolves, com a alegria do pastor que coloca aos seus ombros a ovelha perdida.
Ah, Senhor, rendo-me!
Rendo-me!
Eu sei que ainda há em mim
muita coisa para atirar fora, muita coisa para mudar, para converter, para
purificar, para libertar, mas que interessa isso se a minha vontade é
render-me, incondicionalmente, a Ti, Senhor!
Salta-me o coração do peito,
sinto-Te aqui, neste momento em que escrevo, e já não sou que escrevo, és Tu
que escreves em mim.
Oh, Senhor, obrigado! Precisava
tanto, tanto deste momento!
Acalma-se-me o coração, secam-se-me
as lágrimas, uma paz imensa invade-me, olho-Te nos olhos e digo-Te: Rendo-me,
Senhor! Rendo-me!
Monte Real, 11 de Novembro de
2016
Joaquim Mexia Alves
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