(RV) Na manhã deste sábado (12/11), o Santo Padre
encontrou, na Praça São Pedro, cerca de 30 mil fiéis e peregrinos, de
diversas partes do mundo, para a última audiência Jubilar deste Ano
Santo da Misericórdia, que se concluirá no próximo dia 20, festa de
Cristo Rei.
Durante as audiências Jubilares, neste Ano Santo extraordinário da
Misericórdia, o Papa Francisco encontrou cerca de 450 mil pessoas,
provenientes da Itália e de outros países do mundo inteiro.
Na sua catequese desta última audiência Jubilar, o Papa reflectiu
sobre um aspecto importante da misericórdia: a inclusão. E explicou:
“Deus, de fato, no seu desígnio de amor, não quis excluir ninguém, pelo
contrário, incluir todos. Por exemplo, através do Baptismo, nos tornou
seus filhos, em Cristo, membros do seu Corpo que é a Igreja. Nós,
cristãos, somos convidados a usar o mesmo critério”.
O critério da misericórdia, continuou Francisco, é aquele modo e
estilo de agir, que nos permite incluir os outros na nossa vida,
evitando de fechar-nos em nós mesmos e nas nossas seguranças egoístas. E
citando o Evangelho de hoje, onde Jesus faz um convite realmente
universal “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei”, o Papa afirmou:
“Ninguém está excluído deste apelo, porque a missão de Jesus é a de
revelar a todas as pessoas o amor do Pai. Cabe a nós abrir o coração,
confiar em Jesus e acolher esta mensagem de amor, que nos faz penetrar
no mistério da salvação”.
Este aspecto da misericórdia, a “inclusão”, manifesta-se quando
alargamos os braços para acolher os outros, sem excluí-los e sem
julgá-los segundo a sua condição social, língua, raça, cultura,
religião. Diante de nós, há somente uma pessoa para amar, como Deus a
ama. E o Papa sublinhou ainda:
“Quantas pessoas cansadas e sobrecarregadas encontramos também em
nossos dias: nas ruas, nos ambientes públicos, nos ambulatórios
médicos... O olhar de Jesus paira sobre cada um desses rostos, também
mediante os nossos olhos. Mas, como está o nosso coração? É
misericordioso? O nosso modo de pensar e agir é inclusivo?
A estas perguntas, Francisco respondeu dizendo que “o Evangelho nos
convida a reconhecer na história da humanidade o desígnio de uma grande
obra de inclusão; esta, respeitando plenamente a liberdade de cada
pessoa, de cada comunidade e cada povo, exorta todos a formar uma
família de irmãos e irmãs, na justiça, na solidariedade e na paz, e a
fazer parte da Igreja, Corpo de Cristo. E recordando que Jesus nos
convida a ir a Ele para encontrar descanso, o Santo Padre disse:
“Os seus braços alargados sobre a Cruz demonstram que ninguém está
excluído do seu amor, da sua misericórdia, do seu perdão. Todos nós
temos necessidade de ser perdoados por Deus. Por isso, não excluamos
ninguém, Pelo contrário, com humildade e simplicidade sejamos
instrumentos da ‘misericórdia inclusiva’ do Pai. A Santa Igreja
prolonga, no mundo, o grande abraço de Cristo, morto e ressuscitado!
Francisco concluiu sua catequese nesta última Audiência Jubilar
comparando a colunata da Praça São Pedro com um grande abraço, dizendo:
“Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, sendo
testemunhas da misericórdia, com a qual Deus acolheu e acolhe cada um de
nós”.
Após a sua catequese, o Papa passou a saudar os peregrinos, presentes
na Praça São Pedro. Falando em italiano, cumprimentou e agradeceu,
entre outros, todos aqueles que trabalharam para o bom andamento deste
Ano Santo da Misericórdia, de modo especial os voluntários:
“Saúdo, com particular afecto, os voluntários do Jubileu
Extraordinário da Misericórdia, provenientes de diversas Nações, e vos
agradeço pelo precioso serviço que prestaram aos peregrinos, para que
pudessem viver bem esta experiência de fé. Admirei muito a vossa
dedicação, paciência e entusiasmo”.
Por fim, após ter saudado também os fiéis do Movimento Shalom, dirigiu a seguinte saudação aos presentes de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a
todos, desejando-vos que possais experimentar nesta peregrinação jubilar
a força do Evangelho da misericórdia que transforma, que faz entrar no
coração de Deus, que nos torna capazes de perdoar e olhar o mundo com
mais bondade. Que Deus vos abençoe a vós e às vossas famílias”.
Francisco concluiu a sua última Audiência Jubilar, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)
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