(RV) Quarta-feira
9 de novembro, na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa Francisco
desenvolveu uma catequese sobre duas obras de misericórdia: visitar os
doentes e os reclusos.
O Santo Padre considerou que estas obras de misericórdia são atitudes
de grande humanidade: “Com estas obras de misericórdia o Senhor
convida-nos a um gesto de grande humanidade: a partilha” – afirmou o
Papa.
Um sorriso, uma carícia, um aperto de mão são gestos simples mas
muito importantes para quem se sente abandonado a si mesmo e pouco ou
nada pode fazer para remediar o seu mal. Não deixemos sozinhas as
pessoas doentes – disse Francisco recordando que “Jesus fez-se próximo”
do paralítico, do leproso, do cego e de tantos outros e “curou-os com a
sua presença e a potência da sua força reparadora”.
O mesmo se pode aplicar aos reclusos – observou o Papa – sobretudo na
sociedade atual onde somos submetidos a diversas fomas de
“justicialismo”. Ninguém aponte o dedo contra ninguém.
O recluso, apesar do mal que possa ter feito, permanece amado por
Deus, e a misericórdia divina faz prodígios. Quantas lágrimas vi correr
pelas faces de pessoas presas que talvez nunca tenham chorado na sua
vida, e isto só porque se sentiram acolhidas e amadas – considerou o
Santo Padre que lembrou que também Jesus e os apóstolos fizeram a
experiência da prisão.
Francisco, no final da sua catequese, exortou os fiéis a não cairem
na indiferença mas a tornarem-se em “instrumentos da misericórdia de
Deus” para restituirem “alegria e dignidade a quem a perdeu”.
Nas saudações o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa
especialmente aos membros dos grupos vindos do Brasil e de Portugal e
convidou-os a “pedir ao Senhor uma fé grande” para verem “a realidade
com o olhar de Jesus” e “uma caridade generosa” para se aproximarem das
pessoas com o seu coração misericordioso. “Assim Deus vos abençoe a vós e
às vossas famílias” – disse o Santo Padre.
Francisco a todos deu a sua benção.
Sem comentários:
Enviar um comentário