(RV) No
âmbito da Carta Apostólica ‘Misericordia et misera’, apresentada nesta
segunda-feira dia 21 de novembro no Vaticano, o Papa Francisco decidiu
instituir o “Dia Mundial dos Pobres” a ser celebrado no penúltimo
domingo do ano litúrgico.
Este dia recolhe a sua inspiração no Ano Santo da Misericórdia, que
teve o seu encerramento oficial no passado domingo dia 20 de novembro e,
em particular, no ‘Jubileu das Pessoas Socialmente Excluídas’, que se
realizou no Vaticano no dia 13 de novembro.
“Intuí que, como mais um sinal concreto deste Ano Santo
extraordinário, deve-se celebrar em toda a Igreja, na ocasião do XXXIII
Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres” – é o que escreve
Francisco na sua Carta Apostólica ‘Misericordia et misera’, que marca o
final do Jubileu da Misericórdia.
O Santo Padre afirma ainda que este ‘Dia Mundial dos Pobres’ é uma
“digna preparação para bem viver a Solenidade de Cristo Rei do
Universo”, que encerra o ano litúrgico. Uma forma para promover a
identificação da Igreja com os “mais pequenos e os pobres”.
Francisco observa que “não poderá haver justiça nem paz social” enquanto “Lázaro” jaz “à porta da nossa casa”.
Desta forma, segundo o Papa, o “Dia Mundial dos Pobres” é para ajudar
as comunidades e cada batizado a “refletir como a pobreza está no âmago
do Evangelho”.
“Não podemos esquecer-nos dos pobres: trata-se de um convite hoje
mais atual do que nunca, que se impõe pela sua evidência evangélica” –
declara o Santo Padre na sua Carta Apostólica.
Ir ao encontro dos que padecem de fome e de sede para “renovar o
rosto da Igreja” – afirma Francisco apelando para que a Igreja seja
“testemunha da misericórdia” dando respostas concretas em campos como as
migrações, as doenças, as prisões, o analfabetismo e a ignorância
religiosa.
O Papa recorda ainda os desempregados, os sem-abrigo, os sem-terra,
as crianças exploradas e todas as situações que exigem uma “cultura de
misericórdia” que combata a indiferença e a desconfiança entre seres
humanos.
Na sua Carta Apostólica Francisco convoca os cristãos para uma
“revolução cultural” dos pequenos gestos “a partir da simplicidade” e
afirma que estamos a viver “o tempo da misericórdia”.
(RS)
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