(RV) As divisões destroem a Igreja e o diabo tenta atacar a
raiz da unidade, isto é, a celebração eucarística: foi o que disse o
Papa celebrando a Missa matutina na Casa Santa Marta na segunda-feira
(12/09) – dia em que a Igreja faz memória do Nome de Maria.
Divisões e dinheiro, armas do diabo para a destruição
Comentando a carta de São Paulo aos Coríntios, repreendidos pelo
Apóstolo por suas brigas, o Papa Francisco reiterou que “o diabo tem
duas armas muito potentes para destruir a Igreja: as divisões e o
dinheiro”.
E isso ocorreu desde o início: “divisões ideológicas, teológicas, que
dilaceravam a Igreja. O diabo semeia ciúmes, ambições, ideias, mas para
dividir! E semeia cobiça”.
E assim
como acontece depois de uma guerra, “tudo fica destruído. E o diabo vai
embora contente. E nós – ingênuos, fazemos o seu jogo”. “As divisões
são uma guerra suja – repetiu mais uma vez o Papa – é como um
terrorismo”, o das fofocas nas comunidades, da língua que mata: “lança a
bomba, destrói e permaneço”:
O diabo vai à raiz da unidade cristã
“E as divisões na Igreja não deixam que o Reino de Deus cresça; não
deixam que o Senhor seja visto como Ele é. As divisões mostram esta
parte, esta outra parte contra esta e contra alguém … Sempre contra! Não
há o óleo da unidade, o bálsamo da unidade. Mas o diabo vai além, não
somente na comunidade cristã, vai justamente na raiz da unidade cristã. E
isso é o que acontece aqui, na cidade de Corínto, aos Coríntios. Paulo
os repreende porque as divisões chegam precisamente à raiz da unidade,
isto é, à celebração eucarística”.
No caso dos Coríntios, são feitas divisões entre ricos e pobres bem durante a celebração. Jesus – sublinha o Papa – “rezou ao Pai pela unidade, mas o diabo tenta destruir até isso”:
“Eu lhes peço que façam todo o possível para não destruir a Igreja
com divisões, sejam elas ideológicas como de cobiça e ambição, ou
ciúmes. E principalmente para que rezem e custodiem a fonte, a raiz
própria da unidade da Igreja, que é o Corpo de Cristo; e que nós – todos
os dias – celebremos o seu sacrifício na Eucaristia”.
São Paulo fala das divisões entre os Coríntios, 2 mil anos atrás...
“Paulo pode dizê-lo a todos nós, à Igreja de hoje: ‘Irmãos, nisto eu
não posso louvá-los porque vocês não se reúnem para o melhor, mas para o
pior!’. A Igreja, toda, reunida para o pior, para as divisões: para o
pior! Para sujar o Corpo de Cristo! Na celebração eucarística – e o
próprio Paulo nos diz, em outra passagem: ‘Quem come e bebe do Corpo e
do Sangue de Cristo indignamente, come e bebe a própria condenação’.
Peçamos ao Senhor a unidade da Igreja, que não haja divisões; e unidade
também na raiz da Igreja, que é precisamente o sacrifício de Cristo, que
celebramos todos os dias”.
Estava presente na missa também Dom Arturo Antonio Szymanski Ramírez,
arcebispo emérito de San Luis Potosí (México), de 95 anos. No início da
homilia, o Papa o mencionou, recordando que participou do Concílio
Vaticano II e que hoje ajuda numa paróquia. O Pontífice recebeu-o em
audiência no último dia 9 de setembro.
(BF/CM)
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