(RV) O Papa
recebeu os Núncios Apostólicos na manhã deste sábado 17 de setembro, na
conclusão do encontro que reuniu no Vaticano os representantes do
Pontífice no mundo inteiro.
Ao recordar as palavras do Beato Papa Paulo VI, que reformou o
serviço diplomático da Santa Sé, o Pontífice sublinhou o papel dos
Núncios.
“A sua missão não deve se sobrepor ao bispo, nem substitui-lo ou
impedi-lo, mas o respeita, aliás, o favorece e apoia com o fraterno e
discreto conselho”.
Não apontar o dedo
Francisco dividiu sua reflexão em três partes: na primeira falou
sobre o serviço do Núncio, que deve ser feito com “sacrifício como
humildes enviados” em cada realidade nacional.
“Não basta apontar o dedo ou agredir quem não pensa como nós. Esta é
uma mísera tática das atuais guerras políticas e culturais, mas não pode
ser o método da Igreja. O nosso olhar deve ser vasto e profundo. A
formação das consciências é o nosso dever primordial de caridade e isso
requer delicadeza e perseverança na sua atuação”.
Casa do Papa
Francisco pediu que as Nunciaturas sejam “verdadeiramente a Casa do Papa”.
Que sejam um “lugar permanente de apoio e conselho a todo âmbito
eclesial, um ponto de referência às autoridades públicas, não somente
para a função diplomática, mas para o caráter próprio e único da
diplomacia pontifícia. Vigiem para que as Nunciaturas não sejam refúgio
dos ‘amigos e amigos de amigos’. Fujam das fofocas e dos carreiristas”.
A seguir, o Papa ressaltou a necessidade de que os núncios
“acompanhem as Igrejas com o coração de pastores” e “acompanhem os povos
nos quais a Igreja de Cristo está presente”.
Por fim, ao reenviar os núncios, Francisco concluiu: “Não somos
vendedores de medo e da noite, mas guardiões do alvorecer e da luz do
Ressuscitado. O medo mora na obscuridade do passado e é provisório. O
futuro pertence à luz. O futuro é nosso porque pertence a Cristo!”.
(RB)
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