(RV) A
praça de São Pedro voltou a encher-se de gente neste sábado 10 de
Setembro para a audiência jubilar do Santo Padre, a nona, desde o
início do Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia. Uma oportunidade a
mais que o Santo Padre quer dar - a quem vem em peregrinação a Roma e
quem o segue mesmo à distância - para entrar ulteriormente no espírito
da misericórdia para o pôr em prática...
O Papa assentou a sua catequese no trecho bíblico do Apóstolo Pedro
que fala de Misericórdia e da Redenção, isto é da salvação que nos foi
dada através do sangue de Cristo.
Francisco recordou que a palavra “Redenção” é pouco usada, mas é
fundamental porque indica a mais radical libertação que Deus podia
realizar por nós, por toda a humanidade, por toda a criação.
Mas o homem de hoje, disse o Papa se ilude de poder libertar-se,
salvar-se a si próprio sem a intervenção de Deus. Aliás, gaba-se mesmo
disto. Mas é uma pura ilusão. Basta pensar – prosseguiu Francisco - nas
numerosas pessoas que, em nome da liberdade, são vendidas como
escravas, ou se submetem à droga a isso, àquilo àqueloutro ...
“São escravas, tornam-se escravas em nome da liberdade. Todos
temos visto pessoas do género acabar de rastos. “Precisamos que Deus
nos liberte de todas as formas de indiferença, de egoísmo e de
auto-suficiência”.
Cristo sacrificou-se por nós, venceu a morte e o pecado para que nós
pudéssemos receber uma vida nova, feita de perdão, de amor de alegria.
Três palavras bonitas, sublinhou Francisco, repetindo-as e acrescentando
que tudo o que Cristo assumiu foi redimido, liberto, salvo.
É claro que a vida apresenta provações e, por vezes, sofremos, mas
quando isto acontece somos convidados a dirigir o olhar para Jesus
crucificado que sofre por nós e connosco, uma prova certa de que Deus
não nos abandona.
E o Papa convidou a não nos esquecermos nunca que nas angústias e
perseguições, assim como nos sofrimentos quotidianos, somos sempre
libertados pela mão misericordiosa de Deus que nos eleva para si e nos
conduz à vida nova.
“O amor de Deus não tem limites: podemos descobrir sempre
novos sinais que indicam a sua atenção para connosco e, sobretudo, a sua
vontade de vir até nós e de nos preceder. Toda a nossa vida, embora
marcada pela fragilidade do pecado, é colocada sob o olhar de Deus que
nos ama.”
Afirmando depois que a Sagrada Escritura está cheia de passagens que
nos recordam a presença, a proximidade e a ternura de Deus para com cada
ser humano, Francisco sublinhou que “Deus tem uma grande ternura, um
grande amor sobretudo para com os pobres, os mais fracos, os descartados
da sociedade”. Quanto mais estamos na necessidade, mais o seu olhar
misericordioso se pousa sobre nós, pois que conhece as nossas fraquezas.
“Conhece os nossos pecados e nos perdoa; perdoa sempre! É muito bom, é muito bom o nosso Pai”
Por esta razão, exortou o Papa, abramo-nos a Ele, acolhamos a sua
graça. E citando o salmo 103 (7) que diz “Com o Senhor está a
misericórdia, e nele é abundante a redenção” Francisco interagiu com os
peregrinos presentes:
“Ouviste bem? "Com o Senhor está a misericórdia, e nele é abundante a redenção.” Outra vez: "Com o Senhor está a misericórdia, e nele é abundante a redenção”.
.
Obrigado.
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(DA)
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