(RV) Quarta-feira,
14 de setembro, a catequese do Papa na audiência geral na Praça de S.
Pedro partiu desta leitura do Evangelho de S. Mateus capítulo 11,
versículos 28 a 30:
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de
aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso
espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
Três imperativos fazem-nos refletir nesta leitura – disse Francisco: vinde a mim; tomai o meu jugo; aprendei de mim.
Ao dizer “vinde a mim” o Senhor convida-nos a não ter medo de O
seguir, Jesus não nos deixará sozinhos e somos chamados a segui-Lo e a
aprender d’Ele o que significa viver de misericórdia para sermos
instrumentos de misericórdia.
O imperativo “tomai o meu jugo”, por sua vez – assinalou o Papa –
demonstra-nos que recebendo o «jugo» de Jesus, entramos em comunhão com
Ele e tornamo-nos participantes do mistério da sua cruz e do seu destino
de salvação.
“Aprendei de mim” significa que “para os seus discípulos Jesus
prospeta um caminho de conhecimento e de imitação” – disse o Papa –
Jesus “dirige-se aos humildes e aos pequenos porque ele próprio se fez
pequeno e humilde”. Como se lê na Carta aos Filipenses Jesus
«Humilhou-Se a Si próprio, fazendo-Se obediente até à morte e morte de
cruz». O jugo que carregam os pobres e os oprimidos é o mesmo que
carregou Cristo antes deles; por isso, é um jugo leve. Sobre os ombros
d’Ele, recai o peso dos sofrimentos e pecados da humanidade inteira.
A este propósito, Francisco perguntou-se: “Por que é que Jesus é
capaz de dizer estas coisas? Porque Ele era um Pastor que estava em meio
das pessoas, dos pobres. Trabalhava todos os dias junto deles. Ele não
era um ‘príncipe’. É feio para a Igreja quando os pastores estão
distantes dos pobres e se tornam ‘príncipes’. Estes pastores eram
repreendidos por Jesus; este não é o espírito de Jesus. Ele dizia sobre
eles: “Façam o que eles dizem, mas não o que eles fazem!”.
No final da audiência Francisco pediu aos fiéis para terem coragem e
não deixarem que lhes tirem a alegria de serem discípulos do Senhor.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa
dizendo-lhes para pedirem ao Senhor uma fé grande para verem “a
realidade com o olhar de Jesus”.
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!
(RS)
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