RV) Quarta-feira,
28 de setembro, na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa
Francisco desenvolveu uma catequese sobre o perdão de Jesus na Cruz.
A salvação, que Jesus nos alcançou – referiu o Santo Padre – atinge o
seu ponto mais alto na hora da cruz. A promessa ao bom ladrão «Hoje
estarás comigo no Paraíso», revela o pleno cumprimento da missão que O
trouxera à terra: «O Filho do Homem – disse o Senhor em Jericó na casa
de Zaqueu – veio procurar e salvar o que estava perdido».
Desde o início até ao fim, Jesus revelou-Se como Misericórdia – disse
Francisco – é verdadeiramente o rosto da misericórdia do Pai:
«Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem». E não se trata apenas
de palavras, mas de gestos concretos como no perdão oferecido ao bom
ladrão – declarou o Papa.
Morrendo na cruz, inocente entre dois malfeitores, Jesus atesta que a
salvação de Deus pode alcançar a todos os seres humanos em qualquer
condição que se encontrem, mesmo na mais negativa e dolorosa – afirmou o
Santo Padre que recordou que o Jubileu é tempo de graça e misericórdia
para todos, bons e maus, aqueles que têm saúde e os que sofrem; como diz
São Paulo, nada nos pode separar do amor de Cristo.
O Papa Francisco reafirmou ainda na sua catequese que ninguém está excluído do perdão de Deus, nem mesmo um grande malfeitor:
“Mas vós podeis perguntar-me: Mas diga-me Padre, aquele que fez
coisas feias na vida tem a possibilidade de ser perdoado? – Sim! Sim:
ninguém está excluído do perdão de Deus. Apenas terá que se aproximar de
Jesus, arrependido e com vontade de ser abraçado.”
Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa o Papa saudou, em
particular, os membros da Comunidade Católica de Língua Portuguesa na
Alemanha presentes nesta audiência.
Destaque importante nesta audiência para o apelo do Santo Padre pela Síria, em particular pela cidade de Aleppo:
“O meu pensamento vai, mais uma vez, para a amada e martirizada
Síria. Continuam a chegar notícias dramáticas sobre o destino da
população de Aleppo, à qual sinto-me unido no sofrimento através da
oração e da proximidade espiritual. No exprimir profunda dor e viva
preocupação por aquilo que acontece nesta já martirizada cidade onde
morrem crianças, doentes, jovens, velhos, todos… renovo a todos o apelo
para que se empenhem com todas as forças na proteção dos civis, como uma
obrigação imperativa e urgente. E apelo à consciência dos responsáveis
pelos bombardeamentos que deverão prestar contas perante Deus.”
No final da audiência o Papa Francisco a todos deu a sua bênção!
(RS)
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