(RV) O
primeiro momento forte da visita apostólica do Papa Francisco nesta
sexta-feira (30/09) à Geórgia foi marcado pelo encontro com as
autoridades no Palácio presidencial, em que Francisco começou por
dirigir-se ao Presidente da República, às distintas autoridades, aos
ilustres membros do Corpo Diplomática, às senhoras e senhores aí
presentes. Em seguida o Papa passou ao seu discurso agradecendo a Deus
pela oportunidade, nestes termos:
“Agradeço a Deus Todo-Poderoso por me ter dado a oportunidade de
visitar esta terra abençoada, local de encontro e intercâmbio vital
entre culturas e civilizações, que achou no cristianismo, desde a
pregação de Santa Nino no início do século IV, a sua identidade mais
profunda e o fundamento seguro dos seus valores”.
Como afirmou São João Paulo II ao visitar a vossa pátria, «o
cristianismo tornou-se a semente do sucessivo florescimento da cultura
georgiana»… e esta semente continua a dar os seus frutos. Recordando com
gratidão o nosso encontro do ano passado no Vaticano e as boas relações
que a Geórgia sempre manteve com a Santa Sé, agradeço-lhe sentidamente,
Senhor Presidente, o seu aprazível convite e as palavras cordiais de
boas-vindas que me dirigiu em nome das autoridades do Estado e de todo o
povo georgiano .
A história plurissecular da vossa pátria (continuou Francisco)
manifesta o enraizamento nos valores expressos pela sua cultura, língua e
tradições, inserindo o país a pleno título e de modo fecundo e peculiar
no álveo da civilização europeia; ao mesmo tempo, como evidencia a sua
posição geográfica, é quase uma ponte natural entre a Europa e a Ásia,
um gonzo que facilita as comunicações e as relações entre os povos,
tendo possibilitado ao longo dos séculos tanto o comércio como o diálogo
e a troca de ideias e experiências entre mundos diversos.
Mais adiante, no seu discurso, Francisco evocou os últimos eventos da
história da Geórgia, desde que a mesma proclamou a sua independência:
“Senhor Presidente, já se passaram vinte e cinco anos desde a
proclamação da independência da Geórgia, que durante este período,
recuperando a sua plena liberdade, construiu e consolidou as suas
instituições democráticas e procurou os caminhos para garantir um
desenvolvimento o mais possível inclusivo e autêntico. Tudo isto com
grandes sacrifícios, que o povo enfrentou corajosamente para se
assegurar a tão suspirada liberdade. Almejo que o caminho de paz e
desenvolvimento prossiga com o esforço solidário de todas as componentes
da sociedade, para criar as condições de estabilidade, equidade e
respeito da legalidade suceptíveis de favorecer o crescimento e aumentar
as oportunidades para todos”.
Ao terminar o Papa evocou o papel da Igreja Católica nesse País e
exprimiu votos de que ela continue a dar o seu contributo genuíno:
“Faço sentidos votos de que ela continue a dar o seu contributo
genuíno para o crescimento da sociedade georgiana, através do testemunho
comum da tradição cristã que nos une, do seu compromisso a favor dos
mais necessitados e mediante um diálogo renovado e mais intenso com a
Igreja Ortodoxa Georgiana antiga e as outras comunidades religiosas do
país. - Deus abençoe a Geórgia e lhe conceda paz e prosperidade!”
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