(RV) Em
Jesus, Deus reina no meio de nós, o seu amor misericordioso vence o
pecado e a miséria humana. Este o tema de fundo da alocução do Papa
Francisco, antes da oração mariana do Angelus na Praça de São Pedro.
Ocasião em que comentou as páginas evangélicas deste domingo, centradas
no Evangelho de São Lucas, e que nos fazem compreender – disse – quão
necessário é invocar Deus para que mande operários para a sua messe, ou
seja missionários do Reino de Deus para anunciar a mensagem de salvação,
mensagem de esperança e consolação, de paz e de caridade. Missão em que
Jesus recomendava sempre aos discípulos que começassem, ao entrar numa
casa, por dizer “Paz a esta casa” e por “curar os doentes que ali se encontravam”. Sinal de que – continuou Francisco – o Reino de Deus “se
constrói no dia a dia e dá já nesta terra os seus frutos de conversão,
de purificação, de amor e de consolação aos homens. É coisa bela eh!
Construir dia por dia este Reino de Deus que se vai construindo. Não
destruir, construir”.
Com que espírito então o discípulo de
Jesus deve desempenhar esta missão? – interrogou o Papa. Antes de mais
– respondeu – com a consciência de que a realidade que o espera é
difícil, por vezes, mesmo hostil, a hostilidade que está sempre no
início da perseguição dos cristãos. E Jesus foi claro quando disse aos
apóstolos: “Mando-vos como cordeiros no meio de lobos”, porque sabia que a missão é dificultada pela obra do maligno.
“Por isso, o operário do
Evangelho se esforçará por ser livre de condicionamentos humanos de
qualquer tipo, não levando consigo nem pastas, nem sacos, nem sandálias,
como recomendou Jesus, por forma a estribar-se apenas na potencia da
Cruz de Cristo. Isto significa abandonar todos os motivos de bazofarias
pessoais e fazer-se, de modo humilde, instrumento da salvação
concretizada pelo sacrifício de Jesus, morto e ressuscitado por nós”.
O Papa continuou dizendo que a missão
do cristão no mundo é uma belíssima missão de que ninguém está
excluído; é uma missão de serviço que requer muita generosidade e
sobretudo um olhar e um coração orientados para o alto a fim de invocar a
ajuda de Deus. Há hoje muita necessidade de cristãos que dêem
testemunho do Evangelho com alegria – disse Francisco, referindo-se a
homens, mulheres, sacerdotes, bons párocos que todos conhecemos, irmãs,
consagradas, missionárias e missionários e lançou uma outra pergunta,
insistindo para que o ouvissem com atenção:
“Quantos de vós jovens que
vos encontrais neste momento aqui na Praça, sentis a chamada do Senhor a
segui-Lo? Não tenhais medo! Sede corajosos e levai aos outros esta
chama do zelo apostólico que nos foi dada por estes discípulos
exemplares”.
E o Papa rezou a Nossa Senhora para
que não falte nunca na Igreja corações generosos que trabalhem para
levar a todos o amor e a ternura do Pai celeste.
Depois da oração do Angelus, o Papa
mostrou-se próximo dos familiares das vítimas e dos feridos nos
atentados em Dacca e Bagdad e pediu para que rezassem juntos por eles,
para os defuntos e pediu ao Senhor para converter os corações dos
violentos cegos pelo ódio.
Avé Maria…
o Papa saudou depois diversos grupos
de peregrinos vindos de várias partes da Itália e do mundo, entre os
quais um grupo de Bragança-Miranda, em Portugal. Muitos desses grupos,
vieram de longe, mesmo de Cracóvia, alguns a pé, outros a cavalo e de
bicicleta. Saudou também um grupo de seus compatriotas “Cilezitos”,
vindo da Argentina.
O Papa recordou seguidamente a solenidade de Santa Maria Goretti, no próxima dia 6:
“No Ano Santo da Misericórdia
tenho a peito recordar que quarta-feira próxima celebraremos a memória
de Santa Maria Goretti, a menina mártir que antes de morrer perdoou o
seu assassino. E esta menina corajosa merece um aplauso de toda a Praça,
eh!”
A todos o Papa saudou, com um “até nos vermos”, pedindo, como sempre oração para ele.
(DA)
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