(RV) O
Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, celebrou a missa de
abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na tarde desta
terça-feira (26/07), no Parque de Blonia situado nesta cidade polonesa.
No início da Missa, o Cardeal Dziwisz pediu para rezar por todas as
vítimas do terrorismo, em especial pelo sacerdote assassinado no ataque à
igreja perto de Rouen, na França.
Já em sua homilia, o purpurado se deteve no diálogo de Jesus
ressuscitado com Simão Pedro às margem do Lago de Tiberíades, onde Jesus
pergunta três vezes a Pedro se ele o ama, e diz ao apóstolo para
apascentar as suas ovelhas.
“Hoje, Jesus Cristo fala-nos em Cracóvia, às margens do rio Vístula,
que atravessa toda a Polónia, desde os montes até ao mar. A experiência
de Pedro pode transformar-se em nossa experiência e dispor-nos para a
reflexão”, disse o Cardeal Dziwisz.
Coloquemo-nos três perguntas e procuremos as respostas. Antes de mais
perguntemo-nos: de onde viemos até chegar a este encontro? Como
segunda: onde estamos hoje, neste momento da nossa vida? Como terceira
coisa, perguntemo-nos: a partir deste momento, em que direcção
colocaremos o resto da nossa vida? O que é que vamos levar este lugar?
Trazemos connosco medos e desilusões, mas também as nossas
recordações e esperanças, os nossos desejos de vida num mundo mais
humano mais fraterno e solidário. Damo-nos conta das nossas fraquezas,
mas acreditamos que “tudo podemos naquele que dá força”. Podemos
enfrentar os desafios do mundo de hoje, no qual o homem faz as suas
escolhas entre fé e não crença, entre o bem e o mal, entre o amor e o
seu contrário.
“Muitos de vocês percorreram milhares de quilómetros e investiram
muito na viagem, para poder estar hoje aqui. Estamos em Cracóvia que já
foi capital daquela Polónia onde há qual mil e cinquenta anos chegou a
luz da fé. A história da Polónia não foi fácil, mas procuramos sempre
permanecer fiéis a Deus e ao Evangelho.”
“Hoje, estamos aqui, porque nos reuniu com Jesus Cristo. Ele é a luz
do mundo. Amanhã, chegará até nós o Pedro dos nossos tempos – o Santo
Padre Francisco. A presença do Papa nas Jornadas Mundiais da Juventude é
também uma bela nota característica desta festa da fé.”
O purpurado disse ainda que “Cracóvia vive do mistério da Divina
Misericórdia, também graças à humilde Irmã Faustina e João Paulo II que
sensibilizaram a Igreja e o mundo a este particular caráter de Deus.
Regressando aos seus países, às suas casas e comunidades, levem a chama
da misericórdia, recordando a todos que "bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia". Levem aos outros a
chama de sua fé e acendam com ela outras chamas, para que os corações
humanos batam no ritmo do Coração de Jesus, que é "fonte ardente de
caridade".
“Que a chama do amor envolva todo o nosso mundo, para que nele não
haja mais egoísmo, violência e injustiça, e que em nossa terra se
reforcem a civilização do bem, da reconciliação, do amor e da paz”,
concluiu.
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