(RV) O
Papa Francisco chegou à Polónia pelas 16 horas do dia 27 de julho ao
aeroporto S. João Paulo II na cidade de Cracóvia. Depois o Santo Padre
foi recebido pelo Presidente da República, pelas autoridades civis do
país e os membros do Corpo Diplomático.
No discurso que proferiu, naquela ocasião, no pátio do Palácio de
Wawel, o Santo Padre referiu estar muito contente por visitar a Polónia e
pela primeira vez um país da Europa Centro-Oriental.
Em particular, o Papa recordou que a Polonia é um país de memória,
tendo-se sempre sentido impressionado pelo “sentido vivo da história do
Papa João Paulo II” tendo referido os “mil e cinquenta anos do Batismo
da Polónia”. Uma “nobre nação” que soube “fazer crescer a memória boa e
deixar para trás a má” – afirmou.
Segundo Francisco existem a “memória boa e a má” a “positiva e a
negativa”. A memória boa é a que “louva Senhor e a sua obra de
salvação”, a memória má é “aquela que mantém o olhar da mente e do
coração obsessivamente fixo no mal, a começar pelo mal cometido pelos
outros”. A este propósito o Papa recordou “os cinquenta anos do perdão,
mutuamente oferecido e recebido, entre os episcopados polaco e alemão” e
também “a Declaração Conjunta entre a Igreja Católica da Polónia e a
Igreja Ortodoxa de Moscovo”. Para fazer tudo isto é preciso ter
“esperança e confiança firmes n'Aquele que guia os destinos dos povos,
abre portas fechadas, transforma as dificuldades em oportunidades e cria
novos cenários onde parecia impossível” – disse o Santo Padre.
Deve ser, assim, com a “consciência do caminho feito e a alegria
pelas metas alcançadas” que devem ser enfrentados os “desafios atuais” –
disse o Papa – que citou a economia, a relação com o meio ambiente e,
especialmente, o complexo fenómeno migratório que exige sabedoria e
misericórdia:
“Este último exige um suplemento de sabedoria e misericórdia, para
superar os medos e produzir um bem maior. É preciso identificar as
causas da emigração da Polónia, facilitando o regresso de quantos o
queiram fazer. Simultaneamente é precisa a disponibilidade para acolher
as pessoas que fogem das guerras e da fome; a solidariedade para com
aqueles que estão privados dos seus direitos fundamentais,
designadamente o de professar com liberdade e segurança a sua fé.”
“Ao mesmo tempo, devem ser estimuladas colaborações e sinergias a
nível internacional a fim de se encontrar soluções para os conflitos e
as guerras, que forçam tantas pessoas a deixar as suas casas e a sua
pátria. Trata-se, pois, de fazer o possível para aliviar os seus
sofrimentos, sem se cansar de trabalhar com inteligência e
ininterruptamente pela justiça e a paz, testemunhando com os factos os
valores humanos e cristãos.”
Na conclusão do seu discurso Francisco convidou a nação polaca “a
olhar com esperança o futuro e as questões que tem de enfrentar” tendo
referido, em particular, as “políticas sociais a favor da família”
sublinhando que “a vida deve ser sempre acolhida de protegida” desde a
conceção até à morte natural, e todos somos chamados a respeitá-la e a
cuidar dela – declarou o Papa.
Na agenda do Santo Padre neste primeiro dia de visita à Polónia a
visita de cortesia ao Presidente da República no Palácio de Wawel e um
encontro com os bispos da Polónia na Catedral de Cracóvia.
(RS)
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