(RV) Cidade
do Vaticano (RV) - O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre
Federico Lombardi, publicou uma nota de esclarecimento em relação à divulgação de notícias nos meios de comunicação após uma conferência realizada dias atrás em Londres pelo Cardeal Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino.
"O Cardeal Sarah sempre se preocupou
com razão, pela dignidade da celebração da Missa, exprimindo-se
adequadamente sobre o comportamento de respeito e adoração pelo mistério
eucarístico. Algumas de suas expressões foram, no entanto, mal
interpretadas, como se anunciasse novas indicações diferentes daquelas
até agora contidas nas normas litúrgicas e nas palavras do Papa sobre a
celebração em direção ao povo e sobre o rito ordinário da Missa",
explica a nota.
O Cardeal guineano Robert Sarah
Missal Romano
"Por isso - prossegue a declaração - é bom recordar que na Institutio Generalis Missalis
Romani (Instrução Geral do Missal Romano), que contém as normas
relativas à celebração eucarística e ainda está em pleno vigor, no nº
299 diz: 'Altare extruatur a pariete seiunctum, ut facile circumiri et in eo celebratio versus populum peragi possit, quod expedit ubicumque possibile sit. Altare eum autem occupet locum , ut revera centrum sit ad quod totius congregationis fidelium attentio sponte convertatur'.
Isto é: 'Onde for possível, o altar principal deve ser construído
afastado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a
Missa de frente para o povo. Pela sua localização, há-de ser o centro de
convergência, para o qual espontaneamente se dirijam as atenções de
toda a assembleia dos fiéis'".
Forma ordinária
"Por sua vez - continua o texto - o
Papa Francisco, por ocasião da sua visita à Congregação para o Culto
Divino, recordou expressamente que a forma “ordinária” da celebração da
Missa é a prevista pelo Missal promulgado por Paulo VI, enquanto a
'extraordinária', que foi permitida pelo Papa Bento XVI para as
finalidades e com as modalidades por ele explicadas no Motu Proprio Summorum Pontificum, não deve tomar o lugar da 'ordinária'”.
Portanto - conclui Padre Lombardi -
"não são previstas novas orientações litúrgicas a partir do próximo
Advento, como alguns erroneamente deduziram de algumas palavras do
Cardeal Sarah, e é melhor evitar o uso da expressão 'reforma da
reforma', referindo-se à liturgia, devido ao fato que, por vezes, foi
fonte de mal-entendidos'".
"Tudo isso - reitera o documento -
foi expresso de modo concorde durante uma recente audiência concedida
pelo Papa ao Cardeal Prefeito da Congregação para o Culto Divino".
(SP)
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