(RV) Quinta-feira,
5 de Novembro – na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa
Francisco afirmou que o cristão inclui, não fecha portas, mesmo que isso
traga resistências. Ao contrário os fariseus excluem: acreditam serem
melhores, geram conflitos e divisões.
Na sua homilia o Santo Padre comentou a Carta aos Romanos, em que S.
Paulo exorta a não julgar e a não desprezar o irmão. No Evangelho do dia
que nos apresenta S. Lucas aproximam-se de Jesus os publicanos, ou seja, os excluídos, os que estavam e fora e “os fariseus e os escribas
murmuravam”:
“A atitude dos escribas e dos fariseus é a mesma, excluem: ‘Nós somos
os perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos’. E
a atitude de Jesus é incluir. Existem dois caminhos na vida: o caminho
da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão. O
primeiro pode ser pequeno, mas é a raiz de todas as guerras: todas as
calamidades, todas as guerras, começam com uma exclusão. Exclui-se da
comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos,
quantos conflitos... E o caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é
contrário ao outro: é incluir”.
“Não é fácil incluir as pessoas – observou o Papa – porque há
resistência, há aquela atitude seletiva”. Por isso, Jesus conta duas
parábolas: a da ovelha perdida e a da mulher que perde uma moeda. Seja o
pastor, seja a mulher fazem de tudo para encontrar aquilo que perderam.
E quando conseguem, enchem-se de alegria:
“Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão ter
com os amigos, com os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei,
incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga,
que expulsa o povo, as pessoas... ‘não, este não, aquele não...’ e
constrói um pequeno círculos de amigos que é o seu ambiente. É a
dialética entre exclusão e inclusão. Deus incluiu todos nós na salvação,
todos! Este é o início.”
(RS)
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