(RV) Domingo,
8 de novembro – Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. O
Santo Padre falou sobre a plenitude da vida cristã. Destaque para a
declaração do Papa sobre as recentes publicações de documentos
reservados da Santa Sé.
O Evangelho de S. Marcos – disse o Santo Padre – apresenta-nos os
escribas, mestres da lei, mas que se pavoneavam em público e queriam os
primeiros lugares nas sinagogas e praças. Ao contrário, o verdadeiro
exemplo de vida neste domingo vem de uma velha viúva que no Templo de
Jerusalém apenas dá duas pequenas moedinhas como oferta, mas é a ela que
Jesus observa atentamente. Depois ensina aos seus discípulos que ela
deu tudo o que tinha, enquanto os outros davam com ostentação.
Quantidade e plenitude: dois vetores de reflexão em que o segundo é
nitidamente mais importante, segundo o Papa Francisco, que contou mesmo
uma pequena história:
“Uma mãe e os seus filhos estavam a comer costeletas à milanesa e um
dos filhos abriu a porta a um pedinte e disse à mãe para dar-lhe
costeletas daquelas que estavam no frigorífico. Mas a mãe cortou metade
das costeletas de cada um deles para assim partilharem aquilo que
estavam a comer.” O Papa Francisco deu uma explicação concreta a este
exemplo e à importância da plenitude na vida cristã:
“Perante as necessidades do próximo, somos chamados a privarmo-nos de
algo de indispensável, não só supérfluo; somos chamados a dar o tempo
necessário, não só aquele que sobra; somos chamados a dar de imediato e
sem reservas algum nosso talento, mas não depois de o ter utilizado para
os nossos desejos pessoais ou de grupo.”
Após a oração do Angelus o Papa Francisco fez uma declaração sobre as
recentes publicações de notícias e documentos reservados da Santa Sé:
“Sei que muitos de vós estão perturbados pelas notícias que
circularam nos dias passados a propósito de documentos reservados da
Santa Sé que foram subtraídos e publicados.
“Por isto gostaria de vos dizer, antes de mais, que publicar estes
documentos foi um erro. É um ato deplorável que não ajuda. Eu próprio
tinha pedido para fazer aquele estudo, e aqueles documentos, eu e os
meus colaboradores, já os conhecíamos bem.”
“Mas quero dizer-vos também que este triste facto não me desvia,
certamente, do trabalho de reforma que estamos a levar em frente com os
meus colaboradores e com o apoio de todos vós. Sim com a ajuda de toda a
Igreja, porque a Igreja renova-se com a oração e com a santidade
quotidiana de cada batizado.”
“Por isto agradeço-vos e peço-vos de continuar a rezar pelo Papa e
pela Igreja, sem que vos deixeis perturbar, mas indo sempre em frente
com confiança e esperança.”
Nas várias saudações do Santo Padre, destaque para aquela dirigida
aos bispos italianos que iniciam nesta segunda-feira o seu 5º Encontro
Eclesial Nacional em Florença. O Papa Francisco marcará presença na
próxima terça-feira dia 10 naquela cidade italiana.
Pedindo mais uma vez para rezarem por ele o Papa Francisco de todos se despediu desejando um bom domingo e um bom almoço.
(RS)
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