(RV) Na manhã deste sábado, dia 28 de novembro, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia no Santuário de Namugongo na cidade de Kampala, capital do Uganda. Homenageou o ecumenismo de sangue de católicos e anglicanos durante as perseguições aos cristãos.
Nos 50 anos da canonização dos mártires do Uganda, dos quais se
destaca S. Carlos Lwanga, o Papa Francisco afirmou que o que dá alegria e
paz duradouras são a honestidade e a integridade e não os prazeres
mundanos e os poderes terrenos.
Primeiro foi a visita do Santo Padre ao Santuário anglicano onde o
Papa prestou homenagem aos mártires torturados e mortos no final do séc.
XIX. O abraço ao bispo anglicano e a oração em silêncio. Depois a Missa
no Santuário católico consagrado por Paulo VI no lugar onde S Carlos
Lwanga foi queimado juntamente com os seus 21 companheiros a 3 de Junho
de 1886. Uma herança cristã para levar Cristo ao mundo:
“ Não nos aproximamos desta herança com uma recordação de
circunstância ou conservando-a num museu como se fosse uma jóia
preciosa, Honrámo-la verdadeiramente e honramos todos os Santos, quando
levamos o seu testemunho a Cristo nas nossas casas e aos nossos
vizinhos, nos lugares de trabalho e na sociedade civil, quer fiquemos
nas nossas casas, quer andemos no mais remoto canto do mundo.”
“Não apenas a sua vida foi ameaçada mas foi-o também a vida dos
rapazes mais jovens confiados aos seus cuidados (…) não tiveram temor de
levar Cristo aos outros, mesmo com o custo da vida. A sua fé tornou-se
testemunho; hoje, venerados como mártires o seu exemplo continua a
inspirar tantas pessoas no mundo.”
O testemunho destes mártires – disse o Santo Padre – mostra como não
são os prazeres humanos ou os poderes terrenos que nos dão paz e
alegria, mas a honestidade e integridade. “Construir uma sociedade mais
justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a
vida, dom de Deus, e proteja as maravilhas da natureza, a criação, a
casa comum” – afirmou o Papa na conclusão da sua homilia tendo recordado
ainda que tudo começa na família, escola de amor e misericórdia, onde
se exprime o cuidado com os idosos, os pobres, viúvas e órfãos.
(RS)
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