(RV) 10
de novembro, missa campal no Estádio Artemio Franchi de Florença – o
Papa em visita àquela cidade exortou os cristãos a conservarem a fé em
Jesus, sendo esta uma verdade que escandaliza.
Um estádio cheio de fé acolheu o Santo Padre e ouviu-o falar da
verdade da fé na sua homilia. Partindo do Evangelho do dia proposto por
S. Mateus, o Papa Francisco afirmou que, tal como Jesus, a Igreja deve
viver no meio do mundo e aí levar a sua fé, uma fé amadurecida no Senhor
que seja resposta à pergunta de Jesus no Evangelho: “E vós quem dizeis
que eu sou?”
Nas palavras do Santo Padre esta pergunta ainda ecoa na nossa
consciência, nós que somos “seus discípulos” e que é decisiva para a
nossa “identidade e missão”. “Só se reconhecermos Jesus na sua verdade,
seremos em grau de conservar a verdade da nossa contradição humana e
poderemos levar o nosso contributo à plena humanização da sociedade” –
afirmou o Papa Francisco:
“Conservar e anunciar a reta fé em Jesus Cristo é o coração da nossa
identidade cristã, porque no reconhecer o mistério do Filho de Deus
feito homem nós poderemos penetrar no mistério de Deus e no mistério do
homem.”
À pergunta de Jesus responde Pedro dizendo: ‘Tu és o Cristo, o Filho
de Deus vivo’. Uma resposta que assume o ‘ministério petrino’: conservar
e proclamar a verdade da fé; defender e promover a comunhão entre as
Igrejas; conservar a disciplina da Igreja. O Santo Padre recordou o Papa
Leão Magno, originário da Toscana e que tinha no coração a ânsia
apostólica de que todos pudessem conhecer Jesus e não apenas “uma sua
imagem, distorcida das filosofias e das ideologias do tempo” – referiu o
Papa Francisco que considerou que a nossa alegria de hoje é a de
partilhar a fé, indo, muitas vezes, contra a corrente, e que afirma a fé
no Deus misericordioso. Uma verdade que escandaliza porque é serviço:
“ Esta verdade da fé é verdade que escandaliza, porque pede de crer
em Jesus, o qual, mesmo sendo Deus, esvaziou-se à condição de servo, até
á morte de cruz, e por isto Deus fê-lo Senhor do Universo. É a verdade
que ainda hoje escandaliza quem não tolera o mistério de Deus impresso
no rosto de Cristo. É a verdade que não podemos tocar e abraçar sem –
como diz S. Paulo – entrar no mistério de Jesus Cristo e sem fazer
nossos os seus sentimentos. Só a partir do Coração de Cristo podemos
entender, professar e viver a Sua verdade.”
No final da sua homilia o Papa Francisco sublinhou a “comunhão entre
divino e humano que existe plenamente em Jesus” e que é a meta da
história humana. Uma história que se faz no caminho do “bom samaritano”,
descobrindo o “rosto da caridade” – afirmou o Papa concluindo a sua
homilia na Missa conclusiva da visita a Florença.
(RS)
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