(RV) Um dos
momentos mais significativos da visita do Papa ao Quénia, foi o encontro
com os Jovens quenianos, que teve lugar na manhã desta sexta-feira às
10 horas locais, 8 horas de Roma no Estádio de Kasarani. No discurso, em
forma de diálogo, o Papa Francisco pediu aos 70 mil jovens presentes
que se dessem as mãos, de modo a formar uma grande corrente humana, em
representação de toda a nação Queniana. Em seguida o Papa exortou os
jovens a rejeitarem aquilo que chamou de “açúcar da corrupção” que
dissipa a alegria e a paz interior.
Disse aos jovens que deveriam ter sempre esperança: E para melhor
ilustrar o seu pensamento, o Santo Padre tirou do bolso o rosário e um
livrinho preto com as 14 estações da Via Sacra, e disse que aqueles eram
instrumentos que dão sempre esperança”.
Em seguida, e como resposta ao testemunho pessoal de dois jovens que
lhe fizeram algumas perguntas sobre as dificuldades sociais que a
juventude de hoje atravessa, o Papa Francisco deixou aos jovens os
seguintes interrogativos: “Porque é que os jovens, cheios de ideais, se
deixam arrastar pelo radicalismo religioso? Porque se distanciam da
família, dos amigos, da pátria e da vida? Porque aprendem a matar?
E perguntou ainda: “Se um jovem ou uma jovem não tiver trabalho e não
puder estudar o que é que poderia fazer?” E retorquiu: “Poderia correr o
risco de cair na dependência da droga, praticar actividades criminosas e
até suicidar-se”.
Na sequência desses interrogativos e ilustração de algumas respostas
a dar aos problemas dos jovens Francisco disse-lhes que a primeira
coisa que um jovem deveria fazer, para evitar cair em tais erros, é “ter
uma boa educação e um trabalho”. Se não tiver trabalho (disse o Papa)
qual futuro terá? Se não tiver educação ou qualquer actividade qual será
o seu fim? Eis o perigo social que depende de um sistema injusto, cujo
centro não é Deus, mas o dinheiro, disse.
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