Sejamos luz e sal para o
mundo
Depois de ter apresentado o Seu
projeto aos discípulos, Jesus revela um novo estilo de vida para eles. Ele chama-os
a refletir sobre as propriedades do sal
e da luz. Aqui quero partilhar o que significa o sal e a luz que devemos ser.
O que é o sal que devo ser?
Ele conserva, preserva, evita a deterioração e purifica. O cristão – como sal –
cria sede espiritual nos outros e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a
fonte da salvação.
O sal, antes de ser aplicado,
é visível, porém, ao começar a agir – temperando, preservando e purificando –
torna-se invisível. Somos também assim ou gostaríamos tanto de aparecer que
murmuramos quando isso não acontece? Mesmo não aparecendo, a ação do sal é
claramente sentida.
É sabido que a carne com vida
não precisa ser salgada para preservar-se. Quando Jesus disse aos seus
discípulos: “Vós sois o sal da terra”, deixou claro que a humanidade sem Deus
está espiritualmente morta, perdida e prestes a perecer.
“Bom é o sal, mas se este se
torna insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz uns
para com os outros”. Quando Jesus afirmou que nós somos a “luz do mundo”, quis
dizer, ao mesmo tempo, que o mundo está nas trevas e que a Sua vontade em
relação a nós é que sejamos um instrumento seu na evangelização do mundo.
Vejamos, agora, algumas
propriedades da luz, que devemos observar:
A sua função é brilhar. Ela o
faz sobre um criminoso e sobre uma criança inocente, sobre uma poça de lama e
sobre uma flor. Assim também a nossa missão de luz do mundo é mostrar a luz do
Evangelho sobre todos os povos, sem qualquer distinção.
A luz a que Jesus se referiu
era uma lamparina alimentada por um pavio, mergulhada no azeite. Se faltasse o
azeite, o pavio queimar-se-ia e danificava a lâmpada. O mesmo ocorre com o
verdadeiro cristão: ele depende sempre do óleo do Espírito Santo para difundir
a luz de Cristo.
Mesmo que ela ilumine um
monte de lixo, prossegue incontaminada na sua missão. Assim deve ser o cristão:
viver neste mundo tenebroso sem se contaminar com os seus pecados.
A luz tem progredido pelo
tempo. Desde a luz da lenha até a luz fluorescente. E continua a progredir,
acompanhando o desenvolvimento da tecnologia. De igual modo, o cristão deve
brilhar mais e mais.
Brilhando com intensidade e
sem interrupção, ele enxuga brejos, drena a umidade, cicatriza ferimentos e
funciona como germicida. É o cristão que, de várias maneiras, abençoa este
mundo não só espiritual, mas também materialmente. Qual a intensidade da sua
luz? De pleno sol sem nuvens ou luz de eclipse? Continua brilhando ou ofuscada
por causa dos problemas do dia a dia?
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Liturgia Canção Nova
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