(RV) O Arcebispo de Bangui e Presidente da
Conferência Episcopal da República Centro-Africana, D. Dieudonné
Nzapalainga, anunciou que apresentou a videomensagem do Santo Padre aos
muçulmanos do país.
Bairro muçulmano
A projeção foi no “Km5”, o bairro de maioria muçulmana da capital
centro-africana, onde se registam tensões e incidentes ligados à
situação política que o país está vivendo desde 2012. “Teremos um
encontro para apresentar a mensagem do Papa Francisco com os meus amigos
da plataforma religiosa pela paz, formada, para além do Arcebispo de
Bangui, também pelo Presidente do Conselho Islâmico Centro-Africano, o
Imã Oumar Kobine Layama, e pelo Presidente da Aliança Evangélica, o
Pastor Nicolas Guérékoyaméné-Gbangou. Juntos continuamos a convidar os
nossos fiéis a cultivar a unidade, a coesão e a oferecer o perdão aos
nossos irmãos e irmãs”, afirmou D. Nzapalainga, a caminho do bairro, que
com outros membros da plataforma inter-religiosa pela paz sempre
afirmou que a religião foi instrumentalizada para fins políticos.
Atenuar as feridas
Na sua mensagem, o Papa Francisco afirma: “A finalidade da minha visita
é, sobretudo, levar em nome de Jesus consolo e esperança. Espero de
coração que a minha visita possa contribuir, de uma forma ou de outra, a
atenuar as feridas e favorecer as condições por um futuro mais sereno
para a República Centro-Africana e todos os seus habitantes”.
Dirigindo-se aos fiéis “de todas as religiões e etnias” do país, o
Papa prossegue: “Desejo promover o diálogo inter-religioso a fim de
incentivar a convivência pacífica no seu país: sei que isto é possível
porque somos todos irmãos”.
Os últimos em primeiro lugar
“A mensagem do Papa é clara”, comenta à Fides, D. Nzapalainga. “É uma
mensagem de paz que diz respeito a todas as religiões, etnias e tribos.
Somos gratos ao Santo Padre porque colocou no centro da sua visita o
povo centro-africano, formado por católicos, protestantes, muçulmanos e
animistas, com uma atenção especial aos desesperados e aos abandonados.
Estamos todos prontos a acolher o Papa Francisco para que nos traga a
esperança e a consolação”, conclui o Arcebispo de Bangui.
(RS/BF)
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