24 novembro, 2015

Bangui: video-mensagem do Papa foi apresentada aos muçulmanos




(RV) O Arcebispo de Bangui e Presidente da Conferência Episcopal da República Centro-Africana, D. Dieudonné Nzapalainga, anunciou que apresentou a videomensagem do Santo Padre aos muçulmanos do país.

Bairro muçulmano

A projeção foi no “Km5”, o bairro de maioria muçulmana da capital centro-africana, onde se registam tensões e incidentes ligados à situação política que o país está vivendo desde 2012. “Teremos um encontro para apresentar a mensagem do Papa Francisco com os meus amigos da plataforma religiosa pela paz, formada, para além do Arcebispo de Bangui, também pelo Presidente do Conselho Islâmico Centro-Africano, o Imã Oumar Kobine Layama, e pelo Presidente da Aliança Evangélica, o Pastor Nicolas Guérékoyaméné-Gbangou. Juntos continuamos a convidar os nossos fiéis a cultivar a unidade, a coesão e a oferecer o perdão aos nossos irmãos e irmãs”, afirmou D. Nzapalainga, a caminho do bairro, que com outros membros da plataforma inter-religiosa pela paz sempre afirmou que a religião foi instrumentalizada para fins políticos.

Atenuar as feridas

Na sua mensagem, o Papa Francisco afirma: “A finalidade da minha visita é, sobretudo, levar em nome de Jesus consolo e esperança. Espero de coração que a minha visita possa contribuir, de uma forma ou de outra, a atenuar as feridas e favorecer as condições por um futuro mais sereno para a República Centro-Africana e todos os seus habitantes”.
Dirigindo-se aos fiéis “de todas as religiões e etnias” do país, o Papa prossegue: “Desejo promover o diálogo inter-religioso a fim de incentivar a convivência pacífica no seu país: sei que isto é possível porque somos todos irmãos”.

Os últimos em primeiro lugar

“A mensagem do Papa é clara”, comenta à Fides, D. Nzapalainga. “É uma mensagem de paz que diz respeito a todas as religiões, etnias e tribos. Somos gratos ao Santo Padre porque colocou no centro da sua visita o povo centro-africano, formado por católicos, protestantes, muçulmanos e animistas, com uma atenção especial aos desesperados e aos abandonados. Estamos todos prontos a acolher o Papa Francisco para que nos traga a esperança e a consolação”, conclui o Arcebispo de Bangui.

(RS/BF)

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