02 novembro, 2018

Tuíte do Papa Francisco: a morte não é a última palavra


 Visita ao Cemitério da Igreja do Santo Rosário 
(Servizio Fotografico "Osservatore Romano" @L'Osservatore Romano)

No dia da celebração de todos os fiéis defuntos, novo tuíte do Papa: “Jesus tirou da morte a última palavra: quem crê n’Ele será transfigurado pelo amor misericordioso do Pai para uma vida eterna e abençoada” 

Cidade do Vaticano 

“A fé que professamos na ressurreição leva-nos a sermos homens de esperança e não de desespero, homens da vida e não da morte, porque nos consola a promessa da vida eterna radicada na união a Cristo ressuscitado”. Em várias ocasiões o Papa Francisco pronunciou-se sobre a celebração dos fiéis defuntos, recordando que Jesus “com o seu amor, despedaçou o jugo da morte e abriu-nos as portas da vida”. Na Missa de sufrágio dos Cardeais e Bispos de 3 de novembro de 2017, esclareceu que “a morte torna definitiva a ‘encruzilhada’ que já aqui, neste mundo, está diante de nós: o caminho da vida com Deus, ou o caminho da morte, longe d’Ele”.
“ Esta esperança, reacendida em nós pela Palavra de Deus, ajuda-nos a assumir uma atitude de confiança diante da morte: de facto, Jesus demonstrou-nos que a morte não é a última palavra, mas o amor misericordioso do Pai que transfigura e nos faz viver a comunhão eterna com Ele ”
A esperança que não desilude
 
O Dia de Finados segue a Solenidade de Todos os Santos, justamente porque estas duas celebrações “são muito ligadas entre elas”. Por um lado, como recordou o Papa durante o Angelus de 2 de novembro de 2014, “a Igreja, peregrina na história, alegra-se pela intercessão dos Santos e dos Beatos que a corroboram na missão de anunciar o Evangelho; por outro, como Jesus, ela partilha o pranto de quantos sofrem a separação das pessoas amadas”, e como Jesus e graças a Ele, “faz ressoar a ação de graças ao Pai que nos libertou do domínio do pecado e da morte”.
“ A recordação dos mortos, o cuidado dos túmulos e dos sufrágios são testemunho de confiável esperança, radicada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre o destino humano, porque o homem está destinado a uma vida sem limites, que tem a sua raiz e a sua realização em Deus. ”
Neste dia muitas pessoas vão ao cemitério, o “lugar de repouso” para recordar os entes queridos, mas a Igreja convida a “recordar todos, inclusive aqueles dos quais ninguém se lembra”: como “as vítimas das guerras e das violências”, as “crianças do mundo esmagadas pela fome e pela miséria”, “os anónimos que descansam no ossário comum”. 

O fruto da guerra é a morte
 
Às muitas vítimas de inúteis conflitos, o Papa Francisco dedicou o seu pensamento em 2 de novembro de 2017, durante a Missa Celebrada no Cemitério Americano de Nettuno:
“ Muitas vezes na história, os homens pensam em fazer uma guerra, estão convencidos de que contribuem para um mundo novo, que contribuem para uma ‘primavera’. Mas acaba num inverno, terrível, cruel, com o reino do terror e da morte. Hoje rezamos por todos os defuntos, por todos, mas de modo especial por estes jovens, num momento em que tantos morrem nas batalhas de todos os dias desta guerra aos pedaços. ”
A tristeza amalgama-se com a esperança
 
A comemoração de finados tem também um significado duplo: por um lado, “um sentido de tristeza” mas por outro também “um sentido de esperança” representado pelas flores que são levadas aos túmulos. Um gesto de aproximação e de amor: são palavras do Pontífice em 2 de novembro de 2016 durante a Missa celebrada no Cemitério Prima Porta de Roma.

 Todos nós faremos este caminho. Mais cedo ou mais tarde, mas todos. Com dor, mais ou menos dor, mas todos. No entanto, com a flor da esperança, com aquele fio forte que está ancorado no além. Eis a âncora que não desengana: a esperança da ressurreição. E quem percorreu primeiro este caminho foi Jesus. Nós trilhamos o caminho que Ele já percorreu.

VN

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