“É, pois, santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.”
(Macabeus 12, 38-45)
(Pavlofox)
Pelo poder da
ressurreição de Jesus Cristo, os nossos anseios foram realizados,
tornaram-se reais. Somos eternos! “Eis que faço novas todas as coisas”,
isto é, eternas, sem caducar, sem envelhecer, sem a ação do tempo, que
não existe mais.
Cidade do Vaticano
A Liturgia do Dia de Finados propõe-nos a reflexão sobre a nossa finitude.
Faz parte da nossa natureza, do nosso modo de existir, algo que é
antagónico entre si, ou seja o nosso desejo de plenitude, de sermos
eternos e ao mesmo tempo a nossa incapacidade de pensarmos fora da
categoria tempo. É impossível ao ser humano pensar no eterno, porque irá sempre perguntar pelo depois, vai questionar se não será monótono.
Ora, ao fazer esta pergunta ele demonstra a sua incapacidade ontológica
de usar o espaço mental para pensar no eterno, não como categoria, mas
como a sua própria realidade existencial.
Comemorar os fieis defuntos é refletir sobre o nosso fim, ao mesmo
tempo sobre o nosso desejo de eternidade, como desejo profundo, como
ânsia, inextirpável da nossa natureza, apesar de finita.
O livro do Apocalipse fala-nos do fim da morte, do luto, das
lágrimas, do fim do que era finito. Agora, pelo poder da ressurreição de
Jesus Cristo, os nossos anseios foram realizados, tornaram-se reais. Somos
eternos! “Eis que faço novas todas as coisas”, isto é, eternas, sem
caducar, sem envelhecer, sem a ação do tempo, que não existe mais.
São Paulo, na carta aos Romanos diz que fomos batizados na morte de
Cristo e acrescenta: “Se morremos com Cristo, cremos que
também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não
morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. Por isso, sendo Cristo a
Vida, todo o nosso anseio de eternidade faz sentido e será realizado.
Viveremos eternamente o amor, a alegria, na companhia de nossos entes
queridos, porque do contrário não será felicidade.
O dia de hoje, dedicado à reflexão sobre o término de nossa caminhada
nesta vida, longe de nos tirar a alegria de ser, aumenta-nos o júbilo
porque não só fomos criados à imagem da Vida, que é Jesus, mas fomos
resgatados, recriados, pela sua morte e ressurreição, para a Vida eterna
com Ele e com os nossos entes queridos.
VATICAN NEWS
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