02 novembro, 2018

Reflexão para o Dia de Finados


 “É, pois, santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.”
(Macabeus 12, 38-45)  (Pavlofox)

Pelo poder da ressurreição de Jesus Cristo, os nossos anseios foram realizados, tornaram-se reais. Somos eternos! “Eis que faço novas todas as coisas”, isto é, eternas, sem caducar, sem envelhecer, sem a ação do tempo, que não existe mais.  

Cidade do Vaticano 

A Liturgia do Dia de Finados propõe-nos a reflexão sobre a nossa finitude.

Faz parte da nossa natureza, do nosso modo de existir, algo que é antagónico entre si, ou seja o nosso desejo de plenitude, de sermos eternos e ao mesmo tempo a nossa incapacidade de pensarmos fora da categoria tempo. É impossível ao ser humano pensar no eterno, porque  irá sempre perguntar pelo depois, vai questionar se não será monótono. Ora, ao fazer esta pergunta ele  demonstra a sua incapacidade ontológica de usar o espaço mental para pensar no eterno, não como categoria, mas como a sua própria realidade existencial.

Comemorar os fieis defuntos é refletir sobre o nosso fim, ao mesmo tempo sobre o nosso desejo de eternidade, como desejo profundo, como ânsia, inextirpável da nossa natureza, apesar de finita.

O livro do Apocalipse fala-nos do fim da morte, do luto, das lágrimas, do fim do que era finito. Agora, pelo poder da ressurreição de Jesus Cristo, os nossos anseios foram realizados, tornaram-se reais. Somos eternos! “Eis que faço novas todas as coisas”, isto é, eternas, sem caducar, sem envelhecer, sem a ação do tempo, que não existe mais.

São Paulo, na carta aos Romanos diz que fomos batizados na morte de Cristo e acrescenta: “Se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. Por isso, sendo Cristo a Vida, todo o nosso anseio de eternidade faz sentido e será realizado. Viveremos eternamente o amor, a alegria, na companhia de nossos entes queridos, porque do contrário não será felicidade.

O dia de hoje, dedicado à reflexão sobre o término de nossa caminhada nesta vida, longe de nos tirar a alegria de ser, aumenta-nos o júbilo porque não só fomos criados à imagem da Vida, que é Jesus, mas fomos resgatados, recriados, pela sua morte e ressurreição, para a Vida eterna com Ele e com os nossos entes queridos.

VATICAN NEWS

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