Papa no Angelus desta quinta-feira, Solenidade de Todos os Santos
(Vatican Media)
"Os santos estão próximos de nós, aliás, são os nossos verdadeiros irmãos e irmãs", disse Francisco.
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, nesta
quinta-feira (01.11.18) - Solenidade de Todos os Santos.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice sublinhou que a
Primeira Leitura da liturgia de hoje, extraída do Livro do Apocalipse,
“ala-nos do céu e coloca-nos diante de uma grande multidão,
incalculável, de nações, tribos, povos e línguas”.
Estamos unidos a todos os santos
“São os santos. O que fazem lá em cima? Cantam juntos, louvam a Deus
com alegria. Seria bonito ouvir o canto deles! Podemos imaginá-lo: sabem
quando? Durante a missa, quando cantamos «Santo, Santo, Santo, Senhor
Deus do universo...». É um hino, diz a Bíblia, que vem do céu, que se
canta lá: um hino de louvor. Então, cantando o “Santo”, não somente
pensamos nos santos, mas fazemos o que eles fazem: naquele momento, na
missa, estamos unidos a eles mais do que nunca.”
Veja também:
(Angelus 01 novembro 2918)
Segundo o Papa, “estamos unidos a todos os santos, não somente aos
mais conhecidos, do calendário, mas também aos “da porta ao lado”, aos
nossos familiares e conhecidos que agora fazem parte daquela grande
multidão”.
“Hoje, então, é a festa da família”, sublinhou Francisco. “Os santos
estão próximos de nós, aliás, são os nossos verdadeiros irmãos, ajudam-nos e esperam por nós. São felizes e nos querem felizes com eles no
paraíso.”
Caminho das Bem-aventuraças
O Papa disse que os santos “convidam-nos para o caminho da
felicidade, indicada no Evangelho de hoje, tão bonito e conhecido:
«Felizes os pobres de espírito (...). Felizes os mansos (...). Felizes
os puros de coração ...». Mas como? O Evangelho diz: felizes os pobres,
enquanto o mundo diz: felizes os ricos. O Evangelho diz: felizes os
mansos, e o mundo diz: felizes os prepotentes. O Evangelho diz: felizes
os puros, e o mundo: felizes os espertos e os que buscam o prazer”.
“Este caminho das bem-aventuranças, da santidade, parece conduzir à
derrota. Porém, recorda-nos novamente a primeira leitura, os santos
trazem “palmas nas mãos”, isto é, os símbolos da vitória. Eles venceram,
não o mundo e exortam-nos a escolher a sua parte, a de Deus que é
Santo.”
O Papa convido-nos a fazer as seguintes perguntas: “De que lado
estamos? Do lado céu ou da terra? Vivemos para o Senhor ou para nós
mesmos, para a felicidade eterna ou para alguma satisfação imediata?
Perguntem-mo-nos: queremos realmente a santidade? Ou contentamo-nos em
ser cristãos sem infâmia e sem louvores, que acreditam em Deus e estimam
os outros sem exagerar?”
O Senhor “pede tudo, e o que Ele oferece é a vida verdadeira. Oferece
tudo, oferece a felicidade para a qual fomos criados”. “Em síntese, ou a
santidade ou nada! Faz-nos bem deixarmo-nos ser provocados pelos
santos, que aqui não tiveram meias medidas e do além “torcem” por nós,
para que escolhamos Deus, a humildade, a mansidão, a misericórdia, a
pureza, para que nos apaixonemos pelo céu antes que pela terra.”
Desfrutar da felicidade de Deus
Francisco concluiu, afirmando que “hoje, os nossos irmãos e irmãs não nos
pedem para ouvir de novo um belo Evangelho, mas para colocá-lo em
prática, para seguir o caminho das bem-aventuranças”.
“Não se trata de fazer coisas extraordinárias, mas de seguir esse
caminho todos os dias que nos leva ao céu, para a família e para casa.
Hoje, entrevemos o nosso futuro e celebramos aquilo para o qual
nascemos: nascemos para nunca mais morrer, nascemos para desfrutar da
felicidade de Deus!
“O Senhor encoraja-nos e a quem segue o caminho das bem-aventuranças
diz: «Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vós a
recompensa no céu». Que a Santa Mãe de Deus, Rainha dos Santos, nos
ajude a caminhar com decisão pela estrada da santidade. Ela, que é a
Porta do Céu, introduza os nossos amados defuntos na família celeste”,
concluiu o Papa.
Corrida dos Santos
Após a oração mariana do Angelus, Francisco saudou com afeto os
peregrinos provenientes da Itália e demais países, famílias, grupos
paroquiais, associações e grupos escolares.
Saudou especialmente os participantes da “Corrida dos Santos”,
promovida pela Fundação Missão Dom Bosco, para viver numa dimensão de
festa popular a Solenidade de Todos os Santos. “Obrigado por esta bela
iniciativa e pela sua presença”, disse.
A seguir, o Papa recordou que nesta sexta-feira (02/11), Comemoração
de todos os fiéis defuntos, Dia de Finados, irá ao Cemitério Laurentino,
em Roma. “Peço a todos vós para me acompanharem com a oração neste
dia de sufrágio por aqueles que nos precederam na fé e dormem o sono da
paz.”
Por fim, desejou a todos uma boa festa na companhia espiritual dos
santos e pediu aos fiéis para não se esquecerem de rezar por ele.
VATICAN NEWS
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