"Aproximem-se do povo", pediu o Papa aos sacerdotes
(Vatican Media)
Concelebraram com o Pontífice cerca de
mil sacerdotes, bispos e cardeais. Os sacerdotes renovaram O seu
compromisso; os óleos para os batizados e unção dos doentes foram
abençoados e o óleo do sacramento da confirmação consagrado.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco abriu o Tríduo Pascal no Vaticano na manhã desta Quinta-feira Santa presidindo a Missa do Crisma.
Os sacerdotes renovaram o seu compromisso e os óleos dos Catecúmenos
(usados nos batizados) e dos Enfermos (para a Unção dos doentes) foram
abençoados e o óleo do Crisma (usado no sacramento do Crisma)
consagrado.
Evangelizar estando sempre próximo do povo: assim como Jesus – narra o
Evangelho de Lucas – o padre de hoje deve assumir este desafio e
cumpri-lo. “Ser um pregador de estrada, um mensageiro de boas novas”: na
sua homilia, o Papa sugeriu aos padres esta opção, que foi a de Deus:
“A proximidade é a chave do evangelizador, porque é uma atitude-chave
no Evangelho, mas é também a chave da verdade”, ressaltou o Papa,
lembrando que esta é também fidelidade e que não devemos cair na
tentação de fazer ídolos com algumas verdades abstratas. Francisco
improvisou e falou da 'cultura do ajetivo', um hábito 'feio'...
“Porque a ‘verdade-ídolo’ se mimetiza, usa as palavras evangélicas
como um vestido, mas não deixa que lhe toquem o coração. E, pior ainda,
afasta as pessoas simples da proximidade sanadora da Palavra e dos
Sacramentos de Jesus”.
O modelo da proximidade materna
E quem nos é mais próximo do que a “Mãe”? Segundo o Papa, podemos
invocá-La como “Nossa Senhora da Proximidade”, que caminha connosco, luta
connosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus, a fim de que
ninguém se sinta excluído.
Francisco sugeriu para meditação três âmbitos de proximidade
sacerdotal que podem ressoar com o mesmo tom materno de Maria no coração
das pessoas com quem falamos: o âmbito do acompanhamento espiritual, o
da Confissão e o da pregação.
Diálogo, confissão e pregação
No diálogo espiritual, o Papa mencionou o modelo co encontro do Senhor com a Samaritana: que soube trazer à luz o pecado sem ensombrar a oração de adoração nem pôr obstáculos à sua vocação missionária.
A passagem da mulher adúltera foi o exemplo citado para a proximidade
na Confissão: assim como Jesus, usar o tom da verdade-fiel, que permita
ao pecador olhar em frente e não para trás. O tom justo do “não tornes a
pecar” é o do confessor que o diz disposto a repeti-lo setenta vezes
sete.
Por último, a proximidade do sacerdote no âmbito da pregação: “Quanto
estamos próximos de Deus na oração e quão próximo estamos do nosso povo
na sua vida diária?”. A resposta do Papa é:
E explicou que “o sacerdote vizinho, que caminha no meio do seu povo
com proximidade e ternura de bom pastor (e, na sua pastoral, umas vezes
vai à frente, outras vezes no meio e outras, ainda atrás), as
pessoas não só o vêem com muito apreço; mas vão mais além: sentem por
ele qualquer coisa de especial, algo que só se sente na presença de Jesus”.
A proximidade do 'sim'
Dirigindo-se diretamente aos sacerdotes, Francisco elevou uma prece a
Maria, “Nossa Senhora da Proximidade” pedindo que mantenha os
sacerdotes unidos no tom, “para que, na diversidade das opiniões, se
torne presente a sua proximidade materna, aquela que com o seu «sim» nos
aproximou de Jesus para sempre”.
VATICAN NEWS
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