Papa Francisco na Audiência Geral
(ANSA)
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A oração por excelência dos filhos de Deus - o Pai Nosso - esteve no centro da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira. Esta grande oração, ensinada pelo próprio Jesus, prepara-nos para a Comunhão.
Cidade do Vaticano
A oração por excelência dos filhos de Deus - o Pai Nosso - esteve no centro da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira. Esta grande oração, ensinada pelo próprio Jesus, prepara-nos para a Comunhão.
Cidade do Vaticano
O “Pai Nosso” e a fração do Pão, como parte da Liturgia Eucarística
da Santa Missa, foram o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência
Geral desta quarta-feira.
O dia de céu azul e a temperatura de 11°C permitiram que o
tradicional encontro voltasse a ser realizado na Praça São Pedro. Devido
à chuva e ao grande número de fiéis nas duas últimas semanas, a
catequese do Papa teve de ser acompanhada por telas por parte do
público, acomodado dentro da Basílica de São Pedro.
Pai Nosso
Pai Nosso
Francisco começou a explicar aos 14 mil fiéis presentes na Praça, que à ação de Jesus de tomar o pão e o cálice do vinho, dar graças e partir o pão, “corresponde na Liturgia Eucarística da Missa a fração do Pão, precedida pela oração que o Senhor nos ensinou”, o Pai Nosso. Desta forma, começamos os ritos da Comunhão.
Mas o Pai Nosso – sublinhou o Papa – “não é uma das tantas orações
cristãs, mas ‘a oração dos filhos de Deus’, a grande oração. Foi Jesus
que nos ensinou o Pai Nosso”, pois faz ressoar em nós “os mesmos
sentimentos de Jesus Cristo”:
“Quando rezamos o Pai Nosso, rezamos como Jesus rezava. É a
oração que fez Jesus, e nos ensinou (...). É tão bonito rezar como
Jesus!”
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De facto, “ninguém poderia chamá-lo com familiaridade de Abbà, Pai, sem ter sido gerado por Deus, sem a inspiração do Espírito, como ensina São Paulo”:
“Mas, devemos pensar: ninguém pode chamá-lo “Pai” sem a inspiração
do Espírito Santo. Mas quantas vezes existem pessoas que dizem “Pai
Nosso”, mas não sabem o que dizem. Porque sim, é o Pai, mas tu sentes
que quando dizes “Pai” ele é o Pai, o teu Pai, o Pai da humanidade, o
Pai de Jesus Cristo? Tu tens uma relação com este Pai? "Ah, não... não tinha pensado”. Quando nós rezamos o Pai Nosso, ligamo-nos com o Pai
que nos ama, mas é o Espírito que faz esta ligação, este sentimento de
ser filhos de Deus”.
“Que oração melhor do que esta ensinada por Jesus pode dispor-nos à
Comunhão sacramental com Ele?”, pergunta Francisco. “Nenhuma!”,
responde.
Esta mesma oração é rezada pela manhã e à tarde, nas Laudes e nas
Vésperas, de forma que “a atitude filial com Deus e de fraternidade com o
próximo, contribui para dar forma cristã aos nossos dias”.
Perdão
Perdão
Ao rezar o Pai Nosso, pedimos “o pão de cada dia”, imploramos “a remissão de nossos pecados” e “para sermos dignos de receber o perdão de Deus, comprometem-mo-nos a perdoar a quem nos ofendeu”:
“E isto não é fácil, hein! Perdoar às pessoas que nos ofenderam
não é fácil, é uma graça que devemos pedir: “Senhor, ensina-me a perdoar
como tu me perdoaste”. É uma graça, hein! Com as nossas forças não
podemos. É uma graça do Espírito Santo, perdoar”.
Assim, abrindo o coração a Deus, “o Pai Nosso predispõe-nos também ao
amor fraterno”. Também pedimos a Deus que “nos livre do mal, que nos
separa d’Ele e nos divide dos nossos irmãos”. E tudo isto prepara-nos
para a Comunhão.
O que pedimos no Pai Nosso – prosseguiu o Santo Padre – é prolongado
pela oração do sacerdote, “que em nome de todos súplica: 'Livra-nos
Senhor de todo o mal e concede a paz aos nossos dias'”.
O dom da paz
O dom da paz
Então pede-se a Cristo que o dom da sua paz – que é diferente da paz que o mundo dá – “faça crescer a Igreja na unidade e na paz, segundo a sua vontade”, e com um gesto concreto, saudamo-nos uns aos outros, “expressando a comunhão eclesial e o amor recíproco”.
"No Rito Romano – explicou o Papa – a saudação da paz, desde a
antiguidade colocada antes da Comunhão, é ordenada à Comunhão
Eucarística”, pois segundo advertência de Paulo, “não é possível
comunicar ao único Pão que nos torna um só corpo em Cristo, sem
reconhecer-se pacificados pelo amor fraterno”.
“A paz de Cristo não pode arreigar-se num coração incapaz de viver a
fraternidade e de recompô-la depois de tê-la ferido. A paz dá o Senhor.
Também o Senhor nos dá a graça de perdoar aqueles que nos ofenderam”.
A fração do Pão
A fração do Pão
O gesto da paz é seguido pela “fração do Pão”, que desde o tempo apostólico deu o nome a toda a celebração.
Referindo-se ao episódio dos Discípulos de Emaús, Francisco recorda
que o gesto realizado por Jesus durante a Última Ceia, ao partir o Pão, “
é o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo após a sua
ressurreição”.
Cordeiro de Deus
Cordeiro de Deus
A fração do Pão Eucarístico é acompanhada pelo “Cordeiro de Deus”, “figura com que João Batista indicou Jesus, “aquele que tira o pecado do mundo”.
“A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção”, recordou o
Pontífice. É “no Pão Eucarístico, partido pela vida do mundo, que a
assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, o
Cristo Redentor, e suplica-Lhe: “tende piedade de nós...dai-nos a
paz”.
“Tenha piedade de nós, dai-nos a paz, são invocações que, da oração
do Pai Nosso à fração do Pão, ajudam-nos a dispor o espírito para
participar no banquete eucarístico, fonte de comunhão com Deus e com os
irmãos”.
“Não esqueçamos a grande oração: aquela que ensinou Jesus, e que é a
oração com a qual ele rezava ao Pai. E esta oração prepara-nos para a
comunhão”.
Ao concluir, o Papa Francisco convidou os fiéis presentes a rezarem juntos o Pai Nosso.
VATICAN NEWS
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