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Papa celebra a missa na Casa Santa Marta
(Vatican Media)
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Na missa celebrada na capela da Casa
Santa Marta, o Pontífice refletiu sobre o poder da oração, partindo do
diálogo entre Deus e Moisés.
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
“Coragem e paciência”: estas são as peculiaridades da oração, que
deve ser elevada a Deus “com liberdade, como filhos”. Foi o que destacou
o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta. O
ponto de partida foi a primeira leitura, extraída do livro do Êxodo, com
o diálogo entre o Senhor e Moisés sobre a apostasia do seu povo.
Moisés não cedeu à lógica da propina
Moisés não cedeu à lógica da propina
O profeta tenta desviar o Senhor dos seus propósitos irascíveis
contra o povo que “deixou a glória do Deus vivente para adorar um
bezerro de ouro”. No diálogo audaz que leva avante, Moisés “ aproxima-se
com as argumentações” e recorda ao Pai o quanto fez pelo seu povo, salvo
da escravidão no Egito, e a fidelidade de Abraão, de Isaac. Nas suas
palavras, neste “face a face”, transparece o envolvimento do profeta, o
seu amor pelo povo. Moisés não teme dizer a verdade, não “entra em jogos
de propina”, não cede diante da possibilidade “de vender a sua
consciência”. “E Deus gosta disto”, precisa o Pontífice, “quando Deus vê
uma alma, uma pessoa que reza e reza e reza por algo, Ele comove-se”.
“Nada de propina. Eu estou com o povo. E estou Contigo. Esta é a
oração de intercessão: uma oração que argumenta, que tem a coragem de
dizer na cara ao Senhor, que é paciente. É preciso paciência na oração
de intercessão: nós não podemos prometer a alguém, rezar por ele e
depois concluir com um Pai-Nosso e uma Ave Maria e ir-se embora.
Não. Se diz rezar por outra pessoa, tem que ir por este caminho. E
para isto é preciso paciência”.
Paciência e constância da oração
Paciência e constância da oração
Na vida cotidiana, infelizmente, não são raros os casos de dirigentes
dispostos a sacrificar a empresa para salvar os próprios interesses,
obter uma vantagem pessoal. Mas Moisés não entra na “lógica da propina”,
ele está com o povo e luta pelo povo. As Sagradas Escrituras são
repletas de exemplos de “constância”, da capacidade de “ir avante com
paciência”: a cananea, o “cego na saída de Jericó”.
“Para a oração de intercessão são necessárias duas coisas:
coragem, isto é parresia, coragem e paciência. Se eu quero que o Senhor
ouça algo que eu peço, devo ir, e ir, e ir, bater à porta e bato no
coração de Deus, e bato ali... mas porque o meu coração está envolvido
com isso! Mas se o meu coração não se envolve com aquela necessidade,
com aquela pessoa pela qual devo rezar, não será capaz nem mesmo da
coragem e da paciência”.
Ter um coração envolvido
Ter um coração envolvido
O Papa Francisco indicou, enfim, o “caminho da oração de intercessão”: estar envolvidos, lutar, ir avante, jejuar.
“Que o Senhor nos dê esta graça. A graça de rezar diante de Deus
com liberdade, como filhos; de rezar com insistência, de rezar com
paciência. Mas, sobretudo, rezar sabendo que eu falo com o meu Pai, e meu
Pai me ouvirá. Que o Senhor nos ajude a progredir nesta oração de
intercessão”.
VATICAN NEWS
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