Papa Francisco na capela de São Pio em Pietrelcina
(AFP or licensors)
Pietrelcina
No seu discurso aos fiéis de Piana Romana, o Papa expressou a sua
alegria de poder visitar o lugar onde Francisco Forgione, - hoje São
Padre Pio, - nasceu e iniciou a sua longa e fecunda ação humana e
espiritual. Ao cumprimentar seus concidadãos, disse:
“Nesta comunidade, ele fortaleceu a sua humanidade, aprendeu a
rezar e a reconhecer nos pobres o rosto do Senhor, que o levou a abraçar a
sequela de Cristo. Assim, pediu para fazer parte da comunidade dos
Frades Menores Capuchinhos, onde se tornou Frei Pio de Pietrelcina. Ali,
começou a experimentar a maternidade da Igreja, da qual foi sempre um
filho devoto; meditou com intensidade o mistério de Deus”.
Pe. Pio passou por todo o tipo de tribulação e tentação
Naquela localidade, - sua cidade natal, - Padre Pio permaneceu por
motivo de saúde. Naquele tempo, não havia antibióticos e as doenças
curavam-se em casa, no âmbito familiar. Mas, não foi um período fácil, pelo
contrário, passou por todo tipo de tribulação e tentação. O demónio
existe; ele atormenta e engana-nos. Porém, aquelas terríveis
provações tornaram-se linfa vital para uma oração contínua e uma
crescente confiança no Senhor, do qual se sentia interiormente atraído.
Eis o centro da sua teologia. E Francisco acrescentou:
“Desta forma, o Padre Pio imergiu-se na oração para aderir, sempre
mais aos desígnios divinos. Por meio da celebração da Santa Missa, - que
era o coração do seu dia e a plenitude da sua espiritualidade, -
atingiu um elevado nível de união com Deus, do qual recebeu dons
místicos especiais, que precederam os sinais da Paixão de Cristo na sua
carne”.
Aqui o Santo Padre elogiou a população de Pietrelcina por ter dado à
Igreja uma das figuras mais belas e luminosas da sua comunidade. Este
humilde Frade capuchinho surpreendeu o mundo com a sua vida, toda
dedicada à oração e à escuta paciente dos irmãos, sobre cujos
sofrimentos derramou o bálsamo da caridade de Cristo. E exortou:
“Ao imitar o seu heróico exemplo e as suas virtudes, também vós poderão ser instrumentos do amor de Jesus entre os mais necessitados.
Ponderando a vossa fidelidade à Igreja, podem dar testemunho de comunhão,
união e paz, que edificam e constroem”.
Uma cidade, onde se briga todos os dias, não cresce, não se
constrói, mas espanta as pessoas; é uma cidade doente e triste. Ao
invés, uma cidade, onde se busca a paz, onde todos se querem bem e não desejam mal a ninguém, cresce, aumenta e torna-se forte.
Por isso, advertiu o Papa, a não perderem tempo e forças com
briguinhas, porque isto não faz crescer, não faz progredir. Se alguém
tiver vontade de brigar, - disse ainda - deve “morder a língua”. A
língua poderá doer, mas fará bem à alma e à cidade. Logo, procurem dar
testemunho de paz e comunhão entre vós.
Extrair uma nova linfa dos ensinamentos do Padre Pio
Por fim, Francisco fez votos de que os habitantes de Pietrelcina
tenham a coragem de extrair uma nova linfa dos ensinamentos do Padre
Pio, sobretudo neste momento de crise geral. Que jamais faltem a atenção e
a ternura com os jovens e idosos desta comunidade.
A população envelhece e muitos jovens são obrigados a ir para outros
lugares em busca de trabalho. A migração dos jovens é um problema!
Peçamos a Nossa Senhora para que os jovens encontrem trabalho aqui,
perto de suas famílias. A população envelhece, sim, mas é um tesouro.
Que haja diálogo entre os idosos e os jovens.
Os idosos, - disse por fim o Papa, - são um tesouro e não devem ser
excluídos da sociedade. Eles representam a sabedoria; são os
protagonistas e o património das nossas comunidades. “Gostaria – afirmou
– que por uma vez fosse dado o Prémio Nobel aos idosos, que são a
memória da humanidade!
O Papa despediu-se dos fiéis de Pietrelcina, animando-os a guardar,
como um tesouro precioso, o testemunho cristão e sacerdotal de São Pio,
que contribui para viver a plenitude da vida, na paz e na unidade da
comunidade.
VATICAN NEWS
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