Papa no Lar "O Pequeno Príncipe" (Vatican Media) |
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Lar "Pequeno Príncipe": trata-se de uma casa de acolhimento onde moram cerca de 40 crianças e adolescentes menos favorecidos.
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Lar "Pequeno Príncipe": trata-se de uma casa de acolhimento onde moram cerca de 40 crianças e adolescentes menos favorecidos.
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Cidade do Vaticano
“Gostaria de vos encorajar a estudar: preparai-vos, aproveitai as
oportunidades que tendes para vos formar.” Foi uma das exortações do
Papa no comovente encontro esta sexta-feira (19/01) com os meninos e
meninas no Lar “O Pequeno Príncipe”, em Puerto Maldonado – coração
amazónico do Peru –, no seu terceiro compromisso no país andino.
Quando me falaram da existência desta casa “O Pequeno Príncipe” da
Fundação Apronia, senti que não podia deixar Puerto Maldonado sem vir
encontrar-vos, disse o Santo Padre no início de sua saudação. Trata-se
de uma casa de acolhimento onde moram cerca de 40 crianças e
adolescentes menos favorecidos.
Dirigindo-se a eles Francisco lembrou que acabamos de celebrar o
Natal. “Enterneceu-nos o coração a imagem do Menino Jesus. Ele é o nosso
tesouro, e vós meninos, sendo o seu reflexo, sois também o nosso
tesouro, o tesouro de todos nós, o tesouro mais precioso de que devemos
cuidar. Perdoai as vezes que nós, grandes, não o fazemos ou não vos
damos a importância que mereceis. O vosso olhar, a vossa vida requerem
um compromisso e esforços sempre maiores para não ficarmos cegos ou
indiferentes perante tantas outras crianças que sofrem e passam
necessidade.
Dizendo saber que às vezes, alguns deles passam noites tristes e que há
feridas que doem muito, o Sucessor de Pedro disse-lhes que eles são
“para todos nós o sinal das potencialidades imensas que cada pessoa tem.
Para estes meninos e meninas, sois o melhor exemplo a seguir, a
esperança de que também eles hão de conseguir”.
“Alguns de vós, jovens que nos acompanhais, vindes das comunidades
nativas. Vedes, com tristeza, a destruição das florestas. Os vossos
avós ensinaram-vos a descobri-las: nelas encontravam o seu alimento e os
remédios que os curavam. Hoje, são devastadas na vertigem dum
equivocado progresso.”
“Não vos conformeis com ser o vagão de cauda da sociedade,
enganchados e deixando-se levar! Precisamos de vós como locomotiva,
puxando”, exortou.
Francisco convidou-os a escutar seus avós, a apreciar suas tradições,
a não reprimir a sua curiosidade, e antes de agradecer ao Padre Xavier de
Morsier que em 1996 fundou aquela casa de acolhimento, e aos demais que
ali realizam um fabuloso trabalho, quis deixar mais uma exortação:
“Precisamos de vós autênticos, jovens orgulhosos de pertencer aos
povos amazónicos e que oferecem à humanidade uma alternativa de vida
autêntica. Amigos, muitas vezes, as nossas sociedades precisam de
corrigir o rumo e estou certo de que vós, jovens dos povos nativos,
podeis ajudar imenso neste desafio, sobretudo ensinando-nos um estilo de
vida que se baseie no cuidado, e não na destruição, de tudo aquilo que
se opõe à nossa ganância.”
E concluiu: “Quero agradecer também a quantos fortalecem estes jovens
na sua identidade amazónica e os ajudam a construir um futuro melhor
para as vossas comunidades e para todo o planeta.”
VATICAN NEWS
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