Papa preside missa todas as manhãs na capela de sua residência (Vatican Media) |
.
Na homilia, o Papa destacou três palavras que indicam como a fé deve ser transmitida: ‘filho’ – como Paulo chama Timóteo – ‘mãe e avó’ e enfim, ‘testemunho’.
.
Na homilia, o Papa destacou três palavras que indicam como a fé deve ser transmitida: ‘filho’ – como Paulo chama Timóteo – ‘mãe e avó’ e enfim, ‘testemunho’.
.
Cidade do Vaticano
A transmissão da fé foi o fulcro da homilia proferida pelo Papa na
manhã desta sexta-feira (26/01), na Casa Santa Marta. Francisco comentou
a segunda carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo, proposta pela liturgia
do dia, quando Paulo se dirige ao seu discípulo, ressaltando a sua ‘fé
sincera’.
Com efeito, foo o próprio Apóstolo a falar a Timóteo de Cristo e da
Carta, o Papa destacou três palavras que indicam como a fé deve ser
transmitida: ‘filho’ – como Paulo chama Timóteo – ‘maternidade’ e enfim,
‘testemunho’.
Paulo – disse o Papa – gera Timóteo com a loucura da pregação e esta é
a sua paternidade. E na leitura, fala-se também de lágrimas, porque
Paulo não adoça o seu anúncio com meias-verdades, mas o faz com coragem:
“A coragem que faz com que Paulo se torna pai de Timóteo”. É a pregação
que não pode ser ‘morna’.
“A pregação – sempre – permitam-me a palavra – ‘estapeia’, é um
‘tapa’ que te comove e te sustenta. E o próprio Paulo diz: “A loucura da
pregação”. É uma loucura, porque dizer que Deus se fez homem foi
crucificado e depois ressuscitou… O que disseram a Paulo os habitantes
de Atenas? “Depois de amanhã te ouviremos”. Na pregação da fé,
existe sempre uma loucura. E a tentação é o falso bom senso, a mediocridade.
“Não, não brinquemos… a fé morna”…
Hoje, numa paróquiua (a de vocês, não, a de vocês é uma paróquia
santa! – mas pensemos noutra. Em alguma paróquia), alguém vai, ouve o
que diz esta pessoa da outra, daquela outra, daquela, daquela... Ao
invés de dizer como se amam, dá vontade de dizer: “Como ferem! Como se amachucam … a língua é uma faca para ferir o outro! E como podes
transmitir a fé com um ar tão viciado de fofocas, de calúnias? Não.
Testemunho. “Olha, esta pessoa jamais fala mal do outro; este faz obra
de caridade; já este quando há alguém doente vai visitá-lo, porque faz
assim?”. A curiosidade: por que esta pessoa vive assim? E com o
testemunho nasce a pergunta do porquê ali se transmite a fé, porque tem
fé, porque segue os passos de Jesus.
E o Papa destaca o mal que faz o contratestemunho ou o mau testemunho: tira a fé, enfraquece as pessoas.
Mãe, avó: a maternidade é a terceira palavra. “A fé transmite-se num
ventre materno, o ventre da Igreja. Porque a Igreja é mãe, a Igreja é
feminina. A maternidade da Igreja prolonga-se na maternidade da mãe, da
mulher.
E Francisco lembra que conheceu na Albânia uma freira que durante a
ditadura estava na prisão, mas de vez em quando os guardas deixavam-na
sair um pouco e ela ia em direção ao rio – eles pensavam – o que
esta pobre senhora pode fazer. E ao invés, continua o Papa, ela era
esperta e as mulheres sabiam quando ela saia e levavam os seus filhos para
que as batizasse escondido com a água do rio. Um belo exemplo, conclui.
Mas eu pergunto: as mães, as avós, são como essas duas de que
fala Paulo: “Também a sua avó Lóide e sua mãe Eunice” que trasmitiram a
fé, a fé sincera? Um pouco.... diz: “Mas sim, aprenderá quando fará o
catecismo. Mas eu digo-lhes, fico triste quando vejo crianças que não
sabem fazer o sinal da Cruz e fazem um desenho assim.... porque falta a
mãe e a avó que ensine isto a eles. Quantas vezes penso nas coisas que
se ensinam para a preparação do matrimónio, à noiva que será mãe: Ensinam que ela deve transmitir a fé?
"Peçamos ao Senhor que nos ensine como testemunhas, como pregradores e
também às mulheres, como mães, a transmitir a fé", conclui o Papa.
VATICAN NEWS
Sem comentários:
Enviar um comentário