Papa Francisco |
Silvonei José - Vaticano
Serão no total 21 discursos com seis homilias e quatro saudações.
Dessa maneira o Papa Francisco irá comunicar com os fiéis do Chile e
do Peru durante a sua primeira viagem Apostólica neste 2018. Na próxima
segunda-feira, dia 15 Francisco pega no seu cajado de Mensageiro da
Esperança e dá inicio à sua 22º Viagem Apostólica Internacional que o
levará novamente à América Latina.
Nestes dois países sentir-se-á um pouco em casa: Bergoglio já esteve nestas duas nações
quando sacerdote e arcebispo de Buenos Aires. O Chile recebe pela
segunda vez um Pontífice na sua história - recebeu João Paulo II em 1987,
enquanto para o Peru será a terceira vez. Uma viagem pastoral, de 15 a
22 de janeiro.
“Creio que não será uma viagem simples, mas será realmente uma viagem
muito interessante” disse o Card. Parolin a Vatican News. O Papa vai
como pastor universal da Igreja para encontrar Igrejas locais;
naturalmente, Igrejas que são particularmente vivas, particularmente
ativas como a Igreja no Chile, como a Igreja no Peru e que, por outro
lado, encontram-se também a enfrentar numerosos desafios diante da
realidade do mundo de hoje.
Os desafios são muitos! O cardeal Parolin acenou para dois,
particularmente, que o Papa tem muito a peito. O primeiro é o desafio da
população indígena. Outro tema muito sentido pelo Papa e sobre o qual
tem sempre voltado com palavras inclusive muito incisivas é o da
corrupção, que impede o desenvolvimento e também a superação da pobreza e
da miséria.
Portanto, uma viagem que abraça questões várias, sejam religiosas,
sejam sociais, sejam políticas. A imprensa latino-americana chama também
a atenção para o tema dos abusos sexuais. Tanto no Peru como no Chile
as revelações sobre abusos sexuais envolvendo sacerdotes católicos estão
no centro da atualidade.
A 22ª viagem apostólica internacional do Papa Francisco “terá um
propósito pastoral acima de tudo” e se concentrará em temas como “paz,
unidade, esperança”, unidos “à alegria do Evangelho”, como indicou o
Santo Padre na sua mensagem em vídeo enviada às populações dos dois
países na véspera da sua partida. “Venho até vós como peregrino da
alegria do Evangelho, para compartilhar com todos a paz do Senhor e
confirmá-los na mesma esperança. Paz e esperança compartilhadas entre
todos”, disse.
Um programa intenso e rico de encontros. O Papa Francisco visitará
entre os dias 15 e 18 as cidades de Santiago, Temuco e Iquique, no
Chile, e no Peru de 18 a 21 as cidades de Lima, Puerto Maldonado e
Trujillo.
Entre os momentos salientes da viagem ao Chile, mencionamos o
encontro com as populações mapuche chilenas e, em particular, a Missa
que o Papa celebrará em Temuco, na quarta-feira, dia 17 de janeiro, para
os povos indígenas da região. Será uma missa muito animada, com cantos e
danças indígenas locais. O Papa também almoça em privado com oito
membros da comunidade Mapuche.
Já no Peru, um dos principais encontros será em Puerto Maldonado. Ali
o Papa Francisco, pela primeira vez, entrará em contacto com as
comunidades da Amazónia. O Santo Padre almoça com representantes das
comunidades indígenas amazónicas, serão nove.
Um encontro que, junto com aquele com cerca de 3.500 indígenas no
Ginásio de esporte Coliseo Madre de Dios no Chile, será também
fundamental para a preparação do Sínodo Especial para a região
Pan-amazónica convocado pelo Papa para outubro de 2019. Pode-se dizer
que o encontro em Puerto Maldonado será um primeiro encontro do Sínodo,
também porque estará presente o cardeal Baldisseri, que é o
secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Na Amazônia, o Papa Francisco
entregará várias cópias da encíclica "Laudato Si" na língua local.
O Papa, como fez tantas vezes no passado, quer conversar com os povos
indígenas, quer mostrar respeito por eles, precisamente ali, onde se
encontram. Ao mesmo tempo, há o tema do respeito pelos povos e também
pela Criação. Então, há também uma ligação com a encíclica "Laudato si".
Uma ocasião para reafirmar que podemos aprender muito das populações
indígenas, sobretudo no que diz respeito à relação com a natureza.
Tanto no Chile quanto no Peru, o Papa Francisco encontrar-se-á com
sacerdotes jesuítas. No Peru, os jesuítas celebram os 450 anos de
presença no país.
Francisco cruza novamente o Oceano Atlântico para confirmar na fé
is povos de duas nações. Vai até eles para lançar sementes de esperança com
a alegria do Evangelho. Será um novo impulso para a espiritualidade
desses povos que buscam no seu dia a dia a dignidade de filhos de Deus.
A redação brasileira do Vatican News irá acompanhar, ao vivo, com
reportagens, transmissões e crónicas, todas as atividades do Papa
Francisco. Acompanhe connosco a Viagem de Francisco ao continente da
esperança.
VATICAN NEWS
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