Visita de cortesia do Papa Francisco à Presidente Bachelet |
Francisco pronunciou o seu primeiro discurso no Chile, falando às autoridades. O Papa tocou em temas como democracia, povos nativos e meio ambiente. E pediu perdão pelas falhas da Igreja.
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Cidade do Vaticano
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O primeiro discurso do Papa Francisco em terras chilenas foi às
autoridades, à sociedade civil e ao corpo diplomático, reunidos no
Palácio Presidencial “La Moneda”.
Depois de ouvir as boas-vindas da presidente Michelle Bachelet, o
Pontífice tomou a palavra para manifestar a sua satisfação de voltar à
América Latina, começando sua visita nesta “amada terra chilena”, onde
fez parte de sua formação juvenil.
Francisco iniciou o seu discurso destacando o desenvolvimento da
democracia chilena, que permitiu ao país alcançar nas últimas décadas um
“notável progresso”. O Papa citou a celebração este ano do bicentenário
da declaração de independência, ressaltando que cada geração deve fazer
as suas as lutas e as conquistas das gerações anteriores e levá-las a
metas ainda mais altas.
Democracia e inclusão
Diante das situações de injustiça que ainda persistem, Francisco
apontou para os chilenos um “desafio grande e apaixonante”: “continuar a
trabalhar para que a democracia, o sonho de seus pais, não se limite
aos aspetos formais mas seja verdadeiramente um lugar de encontro para
todos. Seja um lugar onde todos, sem exceção, se sintam chamados a
construir casa, família e nação. Um lugar, uma casa, uma família chamada
Chile”.
A Igreja pede perdão
O Papa enalteceu a pluralidade étnica, cultural e histórica da nação,
que exige ser protegida de qualquer tentativa feita de parcialidade ou
supremacia. Para Francisco, é indispensável escutar: os desempregados,
os povos nativos, os migrantes, os jovens, os idosos, as crianças.
Casa Comum e povos nativos
Com esta capacidade de escuta, o Papa convidou as autoridades a
prestar uma atenção preferencial à nossa Casa Comum: “promover uma
cultura que saiba cuidar da terra, não nos contentando com oferecer
respostas pontuais aos graves problemas ecológicos e ambientais que se
apresentem”. Francisco pediu a ousadia de um novo estilo de vida,
aprendendo com a sabedoria dos povos nativos.
“Deles, podemos aprender que não existe verdadeiro desenvolvimento
num povo que volta as costas à terra com tudo e todos os que nela se
movem. O Chile possui, nas suas raízes, uma sabedoria capaz de ajudar a
transcender a concepção meramente consumista da existência para adquirir
uma atitude sapiencial em relação ao futuro.”
O Pontífice concluiu i seu discurso convidando os chilenos a uma “opção
radical pela vida”: “Agradeço mais uma vez o convite que me
possibilitou vir encontrar-me convosco, com a alma deste povo; e rezo
para que a Nossa Senhora do Carmo, Mãe e Rainha do Chile, continue a
acompanhar e fazer crescer os sonhos desta abençoada nação”.
VATICAN NEWS
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