26 outubro, 2017

Reflexões do Papa sobre o Pai Nosso na TV2000 da CEI



(RV) “Pai Nosso” é o nome do programa que vai ao ar no canal dos bispos italianos entre este 25 de outubro e 21 de novembro.

Trata-se de conversas entre o Capelão da Prisão de Pádua, Padre Marco Pozza e diversos convidados que falam sobre a Oração do Pai Nosso. A novidade, é a presença do Papa Francisco.

“É preciso coragem para rezar o Pai Nosso, é preciso coragem!” - começa dizendo o Pontífice – “acreditar que há um Pai que me acompanha, que me perdoa, que me dá o Pão, que está atento a tudo o que eu peço, que me veste melhor ainda do que as flores do campo”.

E para acreditar nisto, é preciso “ousar, mas todos juntos”, por isto a importância de “rezar todos juntos, pois um ajuda o outro e ousamos”.

“Dizemos ser cristãos, dizemos ter um Pai, mas vivemos como... – não digo como animais – mas como incrédulos, sem fé e vivemos também fazendo o mal. Não no amor, mas no ódio, na competição, ou nas guerras”.

O Papa pergunta se o nome de Deus é santificado “nas jovens sequestradas pelo Boko Haram, se é santificado nos cristãos que lutam entre eles pelo poder, é santificado na vida daqueles que contratam um matador de aluguer para resolver uma situação? É santificado na vida daqueles que não cuidam dos próprios filhos? Não, Deus não é santificado ali”.

Francisco recorda os tempos de sua infância em que o pão jamais era colocado fora, pois o pão “é o símbolo desta unidade da humanidade, é símbolo do amor de Deus”. As mães, as avós, reaproveitavam de alguma forma ou outra o pão, mas jamais era deitado fora.

O Papa também conta que quando era Bispo em Buenos Aires, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a capital argentina e foi celebrada uma Missa para os doentes num grande estádio.

Ele atendia às confissões, quando ao final chegou uma senhora pequenina, portuguesa, muito simples, com “os olhos esplêndidos”. Ele disse a ela que ela não tinha pecados e ela respondeu que todos pecamos, e que “Deus perdoa tudo”.

“E como a senhora sabe isto?”, perguntou Bergoglio. “Se Deus não perdoasse, o mundo não existiria!”, respondeu ela.

“Naquele momento tive vontade de dizer: “Mas a senhora estudou na Gregoriana?””.

Um presente inesperado!

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