(RV) “Pai Nosso” é o nome do programa que vai ao ar no canal dos bispos italianos entre este 25 de outubro e 21 de novembro.
Trata-se de conversas entre o Capelão da Prisão de Pádua, Padre Marco
Pozza e diversos convidados que falam sobre a Oração do Pai Nosso. A
novidade, é a presença do Papa Francisco.
“É preciso coragem para rezar o Pai Nosso, é preciso coragem!” -
começa dizendo o Pontífice – “acreditar que há um Pai que me acompanha,
que me perdoa, que me dá o Pão, que está atento a tudo o que eu peço,
que me veste melhor ainda do que as flores do campo”.
E para acreditar nisto, é preciso “ousar, mas todos juntos”, por isto
a importância de “rezar todos juntos, pois um ajuda o outro e ousamos”.
“Dizemos ser cristãos, dizemos ter um Pai, mas vivemos como... – não
digo como animais – mas como incrédulos, sem fé e vivemos também fazendo
o mal. Não no amor, mas no ódio, na competição, ou nas guerras”.
O Papa pergunta se o nome de Deus é santificado “nas jovens
sequestradas pelo Boko Haram, se é santificado nos cristãos que lutam
entre eles pelo poder, é santificado na vida daqueles que contratam um
matador de aluguer para resolver uma situação? É santificado na vida
daqueles que não cuidam dos próprios filhos? Não, Deus não é santificado
ali”.
Francisco recorda os tempos de sua infância em que o pão jamais era
colocado fora, pois o pão “é o símbolo desta unidade da humanidade, é
símbolo do amor de Deus”. As mães, as avós, reaproveitavam de alguma
forma ou outra o pão, mas jamais era deitado fora.
O Papa também conta que quando era Bispo em Buenos Aires, a imagem
peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a capital argentina e foi
celebrada uma Missa para os doentes num grande estádio.
Ele atendia às confissões, quando ao final chegou uma senhora
pequenina, portuguesa, muito simples, com “os olhos esplêndidos”. Ele
disse a ela que ela não tinha pecados e ela respondeu que todos pecamos,
e que “Deus perdoa tudo”.
“E como a senhora sabe isto?”, perguntou Bergoglio. “Se Deus não perdoasse, o mundo não existiria!”, respondeu ela.
“Naquele momento tive vontade de dizer: “Mas a senhora estudou na Gregoriana?””.
Um presente inesperado!
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