Cidade do Vaticano, 11 out 2017 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no
Vaticano as celebrações conclusivas do Centenário das Aparições, em
Fátima, e apelou à oração pela paz.
“Na próxima sexta-feira, 13 de outubro, encerra-se o centenário das
últimas aparições marianas em Fátima. Com o olhar voltado para a Mãe do
Senhor e Rainha das Missões, convido todos, especialmente neste mês de
outubro, a rezar o Santo Rosário pelas intenções da paz no mundo”,
disse, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de
São Pedro.
Perante milhares de pessoas, o Papa deixou votos de que a oração possa
“demover as almas mais rebeldes”, para que possam banir “dos seus
corações, palavras e gestos a violência, e a construir comunidades
não-violentas, que cuidem da casa comum”.
“Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser
artesãos de paz”, acrescentou, citando a mensagem para o Dia Mundial da
Paz de 2017.
A 12 de maio, no final do seu primeiro dia de viagem à Cova da Iria, o
Papa presidiu à recitação do terço, no Santuário de Fátima, onde disse
que o rosário ajuda a contemplar os “sucessivos momentos gozosos,
luminosos, dolorosos e gloriosos” da vida de Jesus e da Virgem Maria.
“Sempre que rezamos o Terço, neste lugar bendito como em qualquer outro
lugar, o Evangelho retoma o seu caminho na vida de cada um, das
famílias, dos povos e do mundo”, referiu então.
As celebrações do Centenário das Aparições vão encerrar-se
simbolicamente na peregrinação internacional aniversária do 13 de
outubro, 100 anos depois do chamado ‘Milagre do Sol’, sob a presidência
do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
Um dos pontos altos destas celebrações foi a visita do Papa à Cova da
Iria, onde canonizou, a 13 de maio, os pastorinhos Francisco e Jacinta
Marto, dois dos três videntes de Fátima.
No dia seguinte, já no Vaticano, o pontífice evocou os encontros dos
pastorinhos com a “Senhora bonita”, depois dos quais “recitavam com
frequência o Rosário, faziam penitência e ofereciam sacrifícios para
obter o fim da guerra e para as almas mais necessitadas da divina
misericórdia”.
Essa atitude de oração e penitência, acrescentou, é necessária ainda
hoje para “implorar a graça da conversão, para implorar o fim de tantas
guerras que estão por todo o lado, no mundo, e que crescem cada vez
mais”.
O Papa passou em revista os vários momentos das mais de 23 horas que
passou em território português, sublinhando o clima de silêncio e de
oração que encontrou em Fátima, onde se apresentou “como peregrino de
esperança e de paz”.
OC
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