(RV) Sábado,
30 de abril – mais uma audiência jubilar com o Papa Francisco neste Ano
Santo da Misericórdia. Na sua catequese o Santo Padre falou sobre
misericórdia e reconciliação.
Grande entusiasmo numa Praça de S. Pedro repleta de dezenas de
milhares de fiéis que ouviram o Papa dizer que a reconciliação é um
aspeto importante da misericórdia de Deus, que não quer ninguém distante
do seu amor.
De facto, quando pecamos, pensamos que Deus se afasta de nós, mas, na
verdade, somos nós que Lhe “viramos as costas”, pois rejeitamos o seu
amor, ficamos fechados em nós mesmos, iludidos por uma falsa promessa de
mais liberdade e autonomia – afirmou o Papa.
Porém, Jesus, o Bom Pastor, não se cansa de ir atrás da ovelha
perdida, oferecendo-nos a reconciliação com Deus: ao dar-nos a sua vida,
Ele nos reconciliou com o Pai – declarou Francisco que exortou os
cristãos a deixarem-se reconciliar com Deus:
“«Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5,20): é o grito que o
Apóstolo Paulo dirige aos primeiros cristãos de Corinto, hoje com a
mesma força e convicção vale para todos nós.”
“Este Jubileu da Misericórdia é um tempo de reconciliação para todos”
– afirmou o Santo Padre que recordou o papel do confessor na celebração
do sacramento da reconciliação, observando que este deve ser um pai ao
acolher as pessoas que o procuram, não transformando esse momento numa
tortura ou num interrogatório, mas num caminho de reconciliação.
“Fazer experiência da reconciliação com Deus permite descobrir a
necessidade de outras formas de reconcliiação: nas famílias, nas
relações interpessoais, nas comunidades eclesiais, como também nas
relações sociais e internacionais” – afirmou o Papa no final da sua
catequese.
Nesta audiência jubilar o Papa Francisco pronunciou uma mensagem
especial para os largos milhares de militares e polícias de todo o
mundo, presentes no Vaticano com as suas famílias, para momentos a eles
dedicados neste Jubileu da Misericórdia:
“Com alegria dou as boas-vindas aos representantes das forças armadas
e das polícias, provenientes de tantas partes do mundo, vindos em
peregrinação a Roma por ocasião do Jubileu Extraordinário da
Misericórdia. As forças da ordem – militares e polícia – têm por missão
garantir um ambiente seguro, por forma a que cada cidadão possa viver em
paz e serenidade. Nas vossas famílias, nos vários âmbitos em que
operais, sede instrumentos de reconciliação, construtores de pontes e
semeadores de paz. Sede, com efeito, chamados não só a prevenir, gerir,
ou pôr fim aos conflitos, mas também a contribuir para a construção de
uma ordem fundada na verdade, na justiça, no amor e na liberdade,
segundo a definição de paz de S. João XXIII na Encíclica Pacem in
Terris.”
“A afirmação da paz não é empresa fácil, sobretudo por causa da
guerra, que torna áridos os corações e junta violência e ódio.
Exorto-vos a não desencorajar-vos. Prossigam o vosso caminho de fé e
abri os vossos corações a Deus Pai misericordioso que não se cansa nunca
de perdoar-nos. Perante os desafios de cada dia, fazei resplandecer a
esperança cristã, que é certeza da vitória do amor sobre o ódio e da paz
sobre a guerra.”
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo-vos
como membros desta família que é a Igreja, pedindo-vos que renoveis o
vosso compromisso para que as vossas comunidades sejam lugares sempre
mais acolhedores, onde se faz experiência da misericórdia e do perdão de
Deus. Que Nossa Senhora proteja a cada um de vós, e o Senhor vos
abençoe a todos!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
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