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(RV) Terça-feira, 5 de abril – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco exortou os cristãos a viverem em harmonia e não em “tranquilidade”.
(RV) Terça-feira, 5 de abril – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco exortou os cristãos a viverem em harmonia e não em “tranquilidade”.
O Santo Padre afirmou na sua homilia que não é possível confundir a
harmonia que reina numa comunidade cristã, fruto do Espírito Santo, com a
“tranquilidade” negociada que, muitas vezes, cobre, de maneira
hipócrita, divergências e divisões internas.
A liturgia do dia apresenta uma leitura dos Atos dos Apóstolos e
Francisco retira-lhe como sumo uma palavra: a harmonia – que sintetiza
os sentimentos e o estilo de vida da primeira comunidade cristã.
Segundo o Santo Padre até se podem fazer “acordos” que geram uma
“certa paz”, “mas a harmonia é uma graça interior que apenas pode
fazê-la o Espírito Santo”.
A harmonia que se vivia nas comunidades cristãs era baseada no facto
de que ninguém tinha necessidades, porque “tudo era comum” – disse o
Papa – “tinham um só coração e uma só alma e ninguém considerava sua
propriedade aquilo que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum.”
Assim, a harmonia – esclareceu Francisco – não se trata de “tranquilidade”:
“Uma comunidade pode ser muito tranquila, em que tudo vai bem: tudo
funciona… Mas não está em harmonia. Uma vez, ouvi dizer a um bispo algo
muito sábio: ‘Na diocese há tranquilidade. Mas se tu tocas um problema,
ou este ou aquele problema, logo começa a guerra’. Esta seria uma
harmonia negociada, e esta não é a do Espírito Santo. É uma harmonia –
digamos – hipócrita, como aquela de Ananias e Safira com aquilo que
fizeram”.
O Papa Francisco concluiu a sua homilia afirmando que “quando há
harmonia na Igreja, na comunidade, há coragem, a coragem de dar
testemunho do Senhor Ressuscitado”.
(RS)
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