(RV) Imagens que
valem mais do que quaisquer palavras, aquelas do encontro, comovente
para dizer o mínimo, do Papa com os refugiados do campo de Moria, em
Lesbos. Vê-se que os refugiados não são números mas pessoas com toda sua
história devastadora, as suas esperanças, o medo de serem reconduzidos
ao inferno do qual fugiram. Francisco saúda sobretudo as crianças,
conversa com elas, acaricia-as, vê os seus desenhos, muitos deles sobre a
viagem no mar.
O Papa diz que quer conservá-los e
colocá-los na sua mesa e mostrá-los aos jornalistas no avião durante a
viagem de regresso. O choro das crianças recém-nascidas acompanha o
longo encontro. Francisco escuta atentamente as histórias dramáticas dos
migrantes. Um homem, um refugiado cristão, lança-se aos pés do Papa,
chorando e agradecendo a Deus, e pedindo a Francisco para abençoá-lo.
Uma criança pede-lhe um objecto para recordar o encontro, o Papa
dá-lhe um rosário. Tem aqueles que lhe contam a viagem: "Viemos da
Síria", "a minha família foi raptada pelo ISIS", "venho do Iraque, tenho
ferida na perna, preciso de um médico", "querem repelir-nos, faça
alguma coisa". Uma menina põe-se de joelhos, a chorar, e em seguida é um
idoso. Chora, pedindo ajuda. A multidão grita repetidamente:
"Liberdade!", "Liberdade!”
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